Só Pinto da Costa foi poupado por Rolando, que disparou contra Antero Henrique e Vítor Pereira com quem, diz, não tinha qualquer relação
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Depois de confirmada a cedência ao Inter de Milão, Rolando pôs termo a um longo silêncio e visou diretamente responsáveis do clube, ilibando apenas Pinto da Costa pelos acontecimentos do último ano. O internacional português foi muito duro com o seu antigo treinador, Vítor Pereira, e com o diretor-geral do clube, Antero Henrique. "Tentaram fazer-me a vida negra. Toda a gente sabe que a minha relação com o Vítor Pereira... ou melhor, nunca houve relação. Não ganhei nada ao trabalhar com ele e como pessoa desiludiu-me muito. Aliado a outra pessoa que, com pena minha, também trabalha no FC Porto, que é o senhor Antero Henrique, fez-me a vida negra. Até tinha uma relação saudável com ele, mas a partir do momento em que chegou o Vítor Pereira complicaram-me tudo. Do nada deixei de ser capitão e titular do FC Porto. Deixavam-me treinar quase como se fosse por favor e gostaria de entender isso um dia", atirou em declarações à Antena 1.
Segundo o central, que tem contrato com os portistas até 2015, os problemas começaram há um ano, quando recusou mudar-se para o Queens Park Rangers, com quem os dragões tinham tudo acordado. "Queriam empurrar-me à força para um clube inglês que apareceu, mas sair do FC Porto e ir para um clube que luta para não descer de divisão é um erro. A partir do momento em que rejeitei fizeram-me saber que já não fazia parte do plantel e que podia encontrar clube. Mas o senhor Antero Henrique não facilitou a minha saída e tive de permanecer durante mais seis meses em que praticamente treinava apenas para manter a forma física", explicou.
Das acusações neste processo, ilibou apenas Pinto da Costa, cujo filho, Alexandre, mediou as negociações com o Inter de Milão. "É um senhor, um gentleman. Com a ajuda dele o FC Porto ainda conseguiu ser campeão. Com um presidente como Pinto da Costa, não é que seja fácil ser campeão, mas o FC Porto está sempre um passo à frente dos adversários. Ajudou-me, disse-me sempre que, como presidente do clube e adepto, sentia muito o que eu passava e que, à mínima hipótese, iria ajudar-me. A prova disso são os empréstimos ao Nápoles e agora ao Inter. Agradeço ao presidente por tudo o que tem feito", concluiu.