ENTREVISTA, PARTE III - Triste pelos desacatos entre sócios a 13 de novembro, Baía aborda a crítica de falta de proatividade.
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O que sentiu quando viu os desacatos na AG de votação dos estatutos?
- Tristeza, acima de tudo. Existiram muitas críticas, mas planeámos uma AG onde nunca estiveram mais de 200 pessoas e houve uma afluência anormal. Tínhamos duas salas preparadas: uma para 200 e poucas pessoas e outra para mil e tal. Os números, surpreendentemente, foram superiores ao que estávamos à espera e tivemos de ir para o pavilhão, mas sem as condições normais, que depois todos viram na AG seguinte. Queríamos que todos os sócios que estavam na fila pudessem entrar e criámos essa condição. Não tínhamos receio absolutamente nenhum e nada a esconder. O que não estava no programa era que os sócios tivessem aquele comportamento entre si e que lamento profundamente. Foi um dia muito triste para mim, enquanto portista. Felizmente, houve bom senso do presidente da MAG em terminar com a AG. Também fomos criticados por não termos tido uma ação mais proativa, mas ficámos todos surpreendidos. Não estávamos à espera. Isto nunca tinha acontecido na família do FC Porto, que foi sempre unida. Temos pontos de vista diferentes, mas colocamo-los de forma cívica e educada, como sempre. Hoje, estamos com outra preparação para lidar com uma situação de emergência como aquela. Não era pela revisão dos estatutos que iríamos ser mais ou menos beneficiados nestas eleições. Longe disso. Este processo de revisão dos estatutos começou no nosso primeiro ano de mandato. Depois levou o seu tempo a ser elaborado e, por coincidência, apareceu agora para votação. Mas não foi propositado. Não há aqui nenhuma cabala, um assalto ou um querer manter-se no poder de forma eterna. Isso é retórica de pessoas que não querem que tudo flua de forma normal e que nos arranjaram problemas.
Foi consequência do tal clima de pré-campanha?
- Não tenho dúvidas. De toda a campanha que foi feita ao nível das redes sociais, que nesta altura têm um peso muito grande. Basta pegar no histórico e ver de onde veio todo o barulho. Daí nos sentirmos muito orgulhosos pela AG de apresentação de contas, onde tudo fluiu dentro da normalidade, com civismo e todos os sócios a exporem as sua ideias. Uns de uma forma mais assertiva, outros mais contida, uns falando do coração e outros lendo o que lhes escreveram.
Que resultado espera dos processos disciplinares instaurados?
- Que os culpados sejam punidos. Os órgãos competentes estão a determinar isso.
Quanto tempo demorará?
- Não sei dizer o timing, mas deverá estar para breve.