Bruno de Carvalho ajusta contas: ao receber o Prémio Stromp de dirigente do ano, aconselhou a não concederem o galardão a qualquer um, numa "indireta" a Godinho Lopes
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Sem nunca referir o nome do antecessor na presidência do Sporting, Bruno de Carvalho, distinguido ontem com o Prémio Stromp de dirigente do ano, virou baterias ao passado e não poupou críticas ao antecessor Godinho Lopes com uma série de referências implícitas. O ex-presidente, galardoado com o mesmo prémio em 2011, foi o principal alvo do discurso de agradecimento de Bruno de Carvalho. "Faço um apelo ao Grupo Stromp que contribua para a reflexão constante sem estigmas e que não dê Prémios Stromp a qualquer dirigente só pelo facto de ser dirigente", concretizou líder dos leões desde o março passado, quando sucedeu precisamente a Godinho Lopes.
"Falta alguma capacidade de reflexão no Sporting", começou por referir o líder leonino, para passar a reportar-se à anterior Direção: "Acreditámos [no que foi prometido] e depois não correspondia à realidade. Esta minha mudança foi dura, porque o Sporting vive em preconceitos e em círculos fechados."
Bruno de Carvalho, empenhado na auditoria de gestão que abrange o período entre junho de 1995 e março deste ano - da presidência de Santana Lopes à de Godinho Lopes - e que estará concluída até final de 2014, deixou mais recados a quem o precedeu no comando do emblema de Alvalade: "Não sei quanto tempo serei presidente, mas que estes meses sirvam de exemplo para o que não se pode repetir e que não se afastem pessoas que querem servir o clube. Deixemos de falar nas costas e de ser comodistas. Ainda há quem fale de calúnia sem assumir que estava errado e que contribuiu para a situação em que o clube estava. Temos demonstrado muita humildade e vontade de trabalhar."