Bruno de Carvalho e a auditoria: "Quem cometeu atos ilícitos terá de se preocupar. Quem não cometeu, não...", diz o líder sobre o estudo que abarca a gestão desde a criação da SAD verde e branca (junho de 1995) até ao final do mandato de Godinho Lopes (março de 2013) e que era uma das suas promessas eleitorais.
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A auditoria à gestão do Sporting era uma das bandeiras eleitorais de Bruno de Carvalho na corrida à presidência do clube e uma medida da qual não abdica, incomode quem incomodar. O atual líder leonino já viu a execução da auditoria ser aplaudida em Assembleia Geral do clube e o processo já está em andamento, tendo um prazo de 13 meses desde o seu arranque até serem conhecidos os resultados. A análise exaustiva da gestão leonina preocupa, supostamente, alguns antigos dirigentes do clube, e Bruno de Carvalho ironiza, explicando que quem agiu correta e legalmente não tem com o que se preocupar.
"Ex-presidentes preocupados com a realização da auditoria? Não comento isso. Não sei, é para mim uma novidade. A auditoria tem de se fazer. Quem cometeu algum ato que não seja lícito terá de se preocupar, quem não cometeu não terá de se preocupar com nada", disse ontem Bruno de Carvalho à partida para a África do Sul, onde conviverá com a comunidade portuguesa daquele país e desenvolverá contactos com potenciais investidores, tendo em vista a expansão da marca Sporting. Para Bruno de Carvalho, quem não deve não teme e só o facto de surgirem informações de receio pelos resultados da auditoria - O JOGO contactou antigos dirigentes do clube, mas nenhum quis comentar as palavras ontem proferidas por Bruno de Carvalho (ver texto nesta página) - reforça ainda mais a intenção de o processo avançar o quanto antes.
O Conselho Fiscal e Disciplinar dos leões, presidido por Jorge Bacelar Gouveia, estuda presentemente as dez propostas concretas de empresas especializadas e interessadas na adjudicação da empreitada, que estudará minuciosamente o período compreendido entre 2 de junho de 1995 e 27 de março de 2013, ou seja, desde a criação da SAD até à entrada em funções de Bruno de Carvalho como presidente. Estão englobados na auditoria os mandatos de Pedro Santana Lopes, José Roquette, António Dias da Cunha, Filipe Soares Franco, José Eduardo Bettencourt e Luís Godinho Lopes.
Os resultados globais da auditoria serão conhecidos em 13 meses, como anteriormente citado, mas apenas 60 dias bastarão para relatar a polémica gestão de Godinho Lopes, antecessor de Godinho Lopes que acumulou dos piores resultados desportivos e financeiros da história do clube.
A auditoria será realizada em cinco fases e terá quatro áreas distintas de análise: gestão imobiliária, gestão desportiva, gestão de fornecimento de bens e serviços e gestão de recursos humanos.