Leonardo Jardim orgulhoso: um dos objetivos da época era a valorização do plantel, que agora tem elementos cobiçados por alguns dos grandes da Europa. Em particular, William Carvalho
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No início da época, os objetivos assumidos por Leonardo Jardim passavam pela construção de um plantel competitivo, ambicioso e cuja valorização era tida como fundamental. Em todos os pressupostos o técnico tem cumprido, mas é a valorização de jogadores que mais gozo lhe dá. "O Sporting é, entre os grandes, o que mais jogadores da formação utiliza. E o plantel está valorizado cinco vezes mais em relação ao início da época", enfatizou ontem Leonardo Jardim, à margem do Fórum de Treinadores de Futebol e Futsal, na Maia.
"Definimos objetivos concretos no início da época. Numa primeira fase, avaliámos o plantel e os jogadores emprestados. Em função dos objetivos traçados com a Direção, vi que jogadores podíamos ter. Alguns estavam emprestados e considerámos que valia a pena apostar neles", explicou, nomeando alguns casos: "Um foi o William, que toda a gente sabe agora ser um jogador de grande qualidade. Mas também o Wilson e o Salomão, por exemplo. Há que aproveitar os recursos, saber utilizá-los."
O mediatismo internacional que William Carvalho entretanto granjeou, ao ser pretendido por meia Europa, levou Jardim a alongar-se sobre a sua ascensão meteórica... de forma humilde: "O principal responsável pela sua valorização foi o próprio William Carvalho. O treinador apenas lhe orientou o caminho a seguir. Está a aproveitar o espaço de oportunidade que entendemos dar-lhe. Se no final da época sair, isso valorizará o Sporting também."
E tendo a máquina oleada e a funcionar em alta rotação, "é como um carro", diz Jardim. "Pode ser bom, pode andar, mas tenho de o manter, senão vou ter problemas. É por isso que considero que um treinador deve ser uma espécie de mecânico de manutenção", concluiu.