Pinto da Costa na homenagem a Pavão: "Uma vitória na segunda-feira será em memória de todos"
Presidente do FC Porto presente na inauguração da exposição sobre Pavão, que faleceu faz este sábado precisamente 50 anos
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Pinto da Costa, à semelhança de António Oliveira, Rodolfo Reis, Rui, Vítor Baía e Alípio Jorge, marcou presença na inauguração da exposição temporária sobre a mítica figura do FC Porto Pavão, que faleceu faz este sábado precisamente 50 anos.
"A história do FC Porto é feita de grandes homens, grandes atletas, grandes adeptos, grandes dirigentes. O Pavão está não só na história do FC Porto, mas na memória de todos que puderam lidar com ele, como eu tive essa felicidade. Faz 50 anos hoje desse dia trágico para ele, para a família, para todos nós, e é bonito ver que passados 50 anos antigos colegas fizeram questão de estar aqui. Está muita gente. Ele, além de ter sido um grande jogador é para todos nós uma eterna saudade", começou por dizer o presidente dos dragões, antes de ser questionado sobre se vencer ao Sporting na segunda-feira, em Alvalade, seria uma forma de homenagear o antigo jogador.
"O Pavão é homenageado na nossa memória a todo o momento. Na segunda-feira vitória será para todos aqueles que já defenderam as cores do FC Porto. A história é feita de triunfos, não se faz de derrotas e todos eles foram campeões, portanto será em memória de todos", respondeu, recordando depois o dia da morte de Pavão.
"Lembro-me perfeitamente. Eu estava no camarote, houve uma grande agitação, fui logo embora. Na altura não era dirigente, apenas chefe de várias secções. Recordo-me que, de imediato, o doutor Américo Sá informou-me o que tinha sucedido, porque pediu-me para contactar o meu irmão, era o diretor do Instituto de Medicina Legal. Foi ele que fez a autópsia do Pavão. Corriam muitos rumores que era uma indigestão, não tinha absolutamente nada, morreu porque tinha uma insuficiência no coração. Lembro-me perfeitamente de todos os passos. Saí do jogo para ir a casa do meu irmão", lembrou.
"O valor do Pavão não é qualificável. Hoje a memória dele vale milhões. Não queria pôr isso no aspeto monetário. Estamos a lembrar o grande jogador e homem que era e isso quem quer que seja tem um valor incalculável", disse ainda Pinto da Costa.
A filha de Pavão, Alexandra Neves, agradeceu a exposição: "Acho que é uma homenagem muito bem conseguida e acho que é merecida. Queria, em meu nome, da minha mãe e da minha tia, agradecer ao presidente o facto de terem feito esta homenagem ao fim de 50 anos, porque acho que é justo."
A mostra está patente no museu do clube entre este sábado e 31 de janeiro 2024.