Treinador do Braga chorou de alegria e admitiu que a Taça de Portugal era a prioridade da equipa nesta época
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Ainda no relvado, pouco depois da conquista, Paulo Fonseca estava tão emocionado que não conseguia descrever o sentimento. "Não consigo falar", soltou, a chorar. Depois, o treinador do Braga respirou fundo, concentrou-se e enalteceu a importância do feito alcançado. "Este era o nosso principal objetivo, sem nunca o assumirmos publicamente. Chegámos aqui com muitos jogos, a equipa muito desgastada, faz hoje [ontem] 50 anos que o Braga ganhou a Taça. Os jogadores quiseram muito este momento. Foi um jogo difícil, o FC Porto foi uma equipa que nunca se rendeu ao resultado, lutámos muito, sofremos muito, mas este grupo de jogadores merece viver este momento, assim como a cidade, pelo que passou na época passada. Sempre acreditei que a história iria ser diferente este ano. Este grupo é fantástico", elogiou o técnico. Para Paulo Fonseca, "o mérito é de todos, a começar pelo presidente, que é muito ambicioso", mas a "vitória é inteiramente dos jogadores". O treinador considera que independentemente do sucesso de ontem, "a época não ia deixar de ser muito boa", mas, face ao triunfo sobre o FC Porto, passou a ser "fantástica". Admitindo que "inconscientemente os jogadores, a certa altura da época, face ao conforto no campeonato, tinham o pensamento nesta final", Paulo Fonseca destacou que a "equipa acabou da melhor maneira e conseguiu dar esta alegria aos adeptos". O Braga deu mais um passo importante na afirmação no futebol português, mas Fonseca considera "difícil" reduzir a diferença para os grandes. "Desde que o presidente entrou no clube, o Braga tem evoluído de forma acentuada, temos é de perceber que não é fácil chegar ao nível dos três grandes. O presidente do FC Porto falou em 150 milhões, são dez vezes mais do que o Braga gasta", registou o treinador. Quanto ao seu futuro, Paulo Fonseca foi evasivo. "Não é o tempo de falar do futuro do Paulo Fonseca; é tempo de festejar e é isso que vou fazer com este grupo de trabalho fantástico e os adeptos", atirou, brincando depois com a insistência dos jornalistas.