Processos de renovação de Cédric e Carrillo estão parados e o desacordo quanto aos vencimentos oferecidos e pretendidos é acentuado
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Carrillo e Cédric são jogadores que podem ser colocados no mercado de transferências no próximo defeso. A SAD liderada por Bruno de Carvalho deparou-se com um fosso encarado como intransponível entre o que está disponível para oferecer aos jogadores em termos salariais e o pretendido por cada um deles nos respetivos processos de renovação. Atendendo a que tanto o lateral-direito como o extremo terminam contrato em 2016, o próximo verão configura-se como a derradeira oportunidade de realizar algum encaixe financeiro com a transferência de qualquer um dos jogadores antes de ambos ficarem livres para assinar por outro clube. Segundo O JOGO apurou, os dirigentes leoninos já encaram como altamente provável a saída dos dois jogadores com quem pretendiam renovar, ainda que os casos sejam diferentes no que concerne à propriedade e percentagens dos direitos económicos de cada um deles.
No caso do internacional português, a possibilidade de este sair no último mês de janeiro chegou a estar em cima da mesa - com os dirigentes leoninos disponíveis para negociá-lo por um valor global de negócio na ordem dos sete milhões de euros -, mas a Alvalade apenas chegaram manifestações de interesse por valores a rondar os três milhões de euros. As negociações entre Cédric e a SAD estão paradas, fruto da diferença entre as propostas apresentadas. O Sporting, que detém 75% dos direitos económicos do atleta, oferece um vencimento de 600 mil euros por ano e o atleta deseja 800 mil. Besiktas (Turquia), Bayer Leverkusen e Schalke 04 (Alemanha) estão a seguir os desempenhos do lateral-direito. A divergência assume contornos acentuados igualmente no valor da cláusula de rescisão, que presentemente é de 30 milhões de euros e que a SAD pretende fixar em 45 milhões, além do aumento da duração do acordo para dois ou três anos.
Já André Carrillo, elemento preponderante no elenco liderado por Marco Silva, envolve uma problemática distinta, já que a SAD só detém 30% dos direitos económicos do internacional peruano. Os responsáveis pelo futebol do clube avançaram nos últimos meses de novembro e dezembro com diligências no sentido de assegurar uma maior fatia dos direitos económicos do jogador. Depois de acordada a compra das unidades de participação do fundo de investimento do Sporting Portugal Fund, que permitirá recuperar 20% dos direitos económicos de Carrillo, Bruno de Carvalho pretende igualmente conseguir um acordo com o agente FIFA Pini Zahavi no sentido de consumar a aquisição de mais 20% dos 50% que estão na posse do israelita, mas por um valor inferior aos três milhões de euros que contratualmente estão estipulados. As conversações já começaram. Esta estratégia vai precisamente ao encontro da necessidade de a SAD salvaguardar uma fatia de receita superior ao que pode obter atualmente em caso de transferência do atleta. O cenário da saída de Carrillo no final da temporada é cada vez mais forte, face aos valores propostos pelo Sporting ao nível do vencimento e cláusula de rescisão para a renovação até 2019. A SAD colocou em cima da mesa uma oferta de 900 mil euros anuais, mais 200 mil euros do que o extremo aufere atualmente em Alvalade. Ora, Carrillo, seguido por vários clubes ingleses, como o Newcastle, tem uma cláusula de rescisão de 30 milhões de euros e discorda da intenção dos leões de elevá-la para o patamar dos 45 milhões.