Gino Guerrero, extremo peruano, de 20 anos, reforça o ataque de Costinha com esperança de ser tão bem-sucedido na adaptação ao futebol europeu como Hurtado, compatriota e ex-companheiro de equipa no Alianza Lima, que lhe deu as melhores referências do balneário
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Gino Guerrero, El Lobo, é o novo atacante peruano do Paços de Ferreira e poderá juntar-se ainda hoje ao compatriota Paolo Hurtado no estágio do plantel, em Seia. Primeiro passará pela Mata Real, para exames médicos, e só depois começará a mostrar a Costinha os dotes que lhe abriram as portas da Europa, à custa da rutura com o clube onde se formou, o Alianza Lima (Peru). "O meu contrato acabava e queriam renovar por três anos. Eu não quis", resumiu, à chegada ao aeroporto de Pedras Rubras, o atacante que pagou a intransigência com o afastamento da equipa principal. Até ser livre e ultrapassar toda a burocracia da mudança para Portugal, teve um "treinador pessoal" a trabalhar consigo para se apresentar em forma no novo clube, onde espera adaptar-se "o mais rapidamente possível" aos novos métodos de trabalho e à exigência do futebol europeu. O Paços de Ferreira tornou-se-lhe um clube familiar, à distância de um continente, por causa de Hurtado, ex-companheiro de equipa, cujos passos seguiu no sensacional ano de estreia. Individual e coletivamente, o percurso não podia ter sido melhor: Hurtado conquistou rapidamente a titularidade e foi um dos goleadores (oito na I Liga) do melhor Paços de Ferreira de sempre. Ele é a inspiração de El Lobo, admite quem pretende aproveitar a boleia para "ajudar ao sucesso da equipa" que o compatriota lhe recomendou, sem hesitar. "Hurtado falou muito bem do Paços de Ferreira, contou que o trataram muito bem e que é um clube muito bom", contou o atacante que hoje começa a descobrir e a dar-se a conhecer: "Sou rápido, gosto de ter a bola. Pouco a pouco verão quem é o Gino."