Olhanense marcou passo com o Marítimo e ficou à espera da vitória do Benfica para festejar a permanência
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Invasão de campo, treinador em ombros, presidente a chorar e jogadores a dando largas à alegria em plena conferência de Imprensa, regando tudo e todos com cerveja, água e demais líquidos ao alcance. Foi assim que o Olhanense fechou a época - em beleza -, depois de um nulo com o Marítimo que podia ser comprometedor para a permanência, mas bastou, face à vitória do Benfica sobre o Moreirense. Chegou um ponto, já que, em termos de pontaria, as contas são negativas. Mais: a equipa algarvia não dispôs de uma oportunidade clara para marcar (o Marítimo, que jogava para cumprir calendário, também não), limitando-se a gerir o empate, até à entrada do derradeiro quarto de hora, quando Bruno Saraiva lançou dois avançados, Djalmir e Leandro, para procurar o golo. Pouco depois, todavia, o eco da Luz deu confiança, e foi então a altura de Rui Duarte fazer a diferença, assumindo-se como dono da bola e contagiando companheiros até ao apito final. Foram 10 minutos com o coração nas mãos, mas bastante serenidade em campo, matéria em que Piloto, Luís Filipe e Abdi imitaram o capitão.
Para recordar ficou o bom ambiente do José Arcanjo e o forte apoio à equipa nesta final de muita ansiedade, pois, quanto ao futebol praticado, pouco há a salientar: os remates de Jander, Lucas, Piloto e Leandro saíram sem conta e foi necessário esperar até à bicicleta de Evandro para Salin mostrar serviço. Na outra baliza, o quadro pinta-se nos mesmos tons, com Danilo a obrigar Bracali a aplicar-se e Artur a falhar o alvo. O Marítimo nunca se fez rogado, mas não foi além das boas intenções. Afinal, os algarvios eram quem tinha de fazer pela vida.