Lucho. O argentino não esquece a forma como o FC Porto conquistou o último título, mas aponta já ao tetracampeonato e à final da Liga dos Campeões, que esta época se disputará no Estádio da Luz...
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Ainda antes de viajar para Portugal para iniciar a temporada, Lucho concedeu uma extensa entrevista que é hoje publicada no jornal Olé, da Argentina. Na conversa com o jornalista, o médio não deixou de recordar os feitos da época passada, mas apontou também ao futuro. E garante que se sente capaz de jogar mais "um bom par de anos".
Continua a faltar-lhe um título internacional e a final da próxima Liga dos Campeões joga-se em Portugal. Isso entusiasma-te?
A final vai jogar-se no estádio do Benfica e é óbvio que seria algo de lindo, disputar a final no estádio do rival, mas temos de esperar, ver primeiro em que grupo ficamos. A Champions é cada vez mais difícil, é exatamente como na América do Sul, onde há muitas equipas capazes de lutar pelas vitórias nas principais competições.
Qual é o objetivo para esta época? É difícil encontrar motivação depois de ter sido tricampeão?
A motivação é mesmo essa, saber que se cumpriu um objetivo e que agora queremos ser tetra. No clube pensa-se desta maneira. Sabemos que será difícil, como foi na época passada, e necessitámos de um grupo unido, forte, conhecer as ideias do novo treinador o mais rapidamente possível e lutar até ao final. Na Liga dos Campeões, trataremos de melhorar o que fizemos na época passada, ou seja, queremos chegar pelo menos aos quartos de final.
O último título de campeão foi aquele que mais desfrutou na carreira?
Sim, mas também o que mais sofri. O problema é que não estava habituado a uma situação como aquela, porque nunca estive no segundo lugar quando faltavam apenas duas jornadas para o final do campeonato. Sofri muito mais porque não dependíamos apenas de nós. Foi muito bom porque demos a volta nas duas últimas partidas; depois do Benfica ter empatado [jogo com o Estoril] voltamos a ter tudo nas nossas mãos. E desfrutei ainda mais pela forma como ganhámos ao Benfica. Nem o maior portista do mundo pensava que ia acontecer aquilo naquele jogo, com um golo nos descontos. Foi a loucura total.
Moutinho e James são duas baixas muito importantes?
Sim, porque são dois excelentes jogadores. É bom para eles, porque vão conhecer outro campeonato, e no clube vão ser bem substituídos, de certeza. Este clube caracteriza-se por isso, todos os anos partem dois ou três jogadores importantes, mas já está estabelecido quem vão ser os substitutos. Esperamos não sentir a ausência de nenhum dos dois.
Que tem o FC Porto de especial para vender tão bem?
É um clube onde os jogadores só se preocupam em treinar, jogar bem e ganhar. Não temos de pensar em nada extra futebol. Temos tudo. É isso que faz com que um jogador chegue e se adapte rapidamente à cidade e ao clube, porque há muito gente que te ajuda muitíssimo. Para além disso, os jogadores valorizam-se porque estão num clube que acaba sempre por sempre campeão e joga todas as épocas a Champions.