O regresso de Rinaudo ao onze não ajudou a mandar na primeira parte, mas ajudou a defender, como se perceberia na segunda. Nas raras vezes em que conseguiu ter bola, Sporting superiorizou-se
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O Sporting sofreu a primeira derrota da pré-época, não se dando bem com o futebol direto e musculado dos ingleses do West Ham - nem com o relvado de Portimão, que também não ajudava a jogar pelo chão. Na estreia de Welder no onze, Leonardo Jardim promoveu o regresso de Rinaudo à equipa e deu nova oportunidade a Evaldo de provar ser uma opção válida para a lateral-esquerda, enquanto poupava Patrício e Dier, apresentando, no restante, uma equipa aproximada do onze-tipo que tem em mente para o arranque da temporada: Rojo no eixo da defesa, Adrien e André Martins no meio-campo, Capel, Carrillo nas alas do ataque onde pontifica Montero. Mas face à pressão e ao ímpeto ingleses e ao futebol direto e pelo ar imprimido pelo West Ham, com jogadores mais altos e possantes do que os leões, foi notória a dificuldade dos comandados de Leonardo Jardim em manter a posse de bola, e muito menos de a fazer circular e chegar ao ataque.
Rinaudo mostrou estar a assimilar os pressupostos de Jardim, chegou mais à frente, tentou a meia-distância. Mas, curiosamente, foi a sua saída ao intervalo que mais fez notar a sua influência. Mesmo com outra capacidade na construção de jogo - Carrillo quase fazia o segundo, depois de Capel ter marcado antes do intervalo, num penálti... duvidoso -, a organização e concentração defensiva desmoronou-se, e os ingleses pouco menos que atropelaram os leões. William, que parte à frente de Fito para ocupar a posição seis, está envolvido nos lances de que nascem os dois primeiros golos do West Ham, assim como Rojo tem ligação direta no primeiro e no último. A defesa leonina chegou a parecer manteiga ante a acutilância inglesa. Sem estar a vencer nem a convencer, e com a equipa desnorteada, Jardim lançou Cissé no jogo, tirando Carrillo, e dispôs a equipa num 4x4x2, alternativo ao modelo habitual. Colocou Filipe Chaby na direita e Wilson Eduardo na esquerda, William Carvalho mais defensivo e Gerson Magrão, mais ofensivo e com bons pormenores, no apoio à dupla atacante: reduziu e quase empatava, por Cissé, mas não bastou. Valeu o ensaio.