Sem rodeios, Jackson desmonta a tese de que os resultados é que mandam. O FC Porto quer e tem de jogar melhor, diz em nome do grupo
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Nove jogos, sete vitórias, um empate e uma derrota, terceiro melhor arranque portista da história dos campeonatos e, mesmo depois de tombar com o Atlético de Madrid, em posição de apuramento na Liga dos Campeões. Para Jackson, é pouco. Para os colegas, também. Culpa: as exibições. A desvalorização inicial de Paulo Fonseca já passou à história. O momento é de preocupação, assume o ponta de lança em nome do grupo. "O momento da equipa não me deixa tranquilo, nem a mim nem aos meus companheiros. Queríamos muito estar melhor em todos os aspectos", disse antes de partir para a concentração da seleção colombiana. Resultados também? "No FC Porto, não basta ganhar; temos de ganhar e ganhar bem, como costumamos ganhar. Temos de ganhar, como até aqui, mas melhorando o nosso nível de jogo. Estamos juntos para fazer melhores exibições", explica, apontando a um problema coletivo, essencialmente ao nível das decisões. A mudança de treinador não explica tudo. Nem pode. "Penso que estarmos muito habituados ao tipo de futebol idealizado por Vítor Pereira também influencia", atalha. Também porque o mais importante está em cada um e num coletivo que, em campo, não comunica como deve ser. "A forma de treinar e jogar de Vítor Pereira e Paulo Fonseca são diferentes. Mas tudo passa por nós, jogadores. Muitas vezes tomamos as decisões erradas. Temos de melhorar e comunicar melhor dentro de campo, essencialmente para não sofrer tanto atrás. Mas, claro, à frente também temos de melhorar a eficácia", continua, num alerta que também é pessoal: "Concordo que não estou ao nível futebolístico da temporada anterior, mas isso não me faz desesperar nem me intranquiliza, pois estou a trabalhar para melhorar e ajudar a equipa." Os dois golos ao Arouca (valeram a vitória) foram ótimos para viajar com o moral reforçado. "Fico feliz por ajudar a equipa a ganhar e por somar mais dois golos. Penso que tenho vindo a melhorar jogo após jogo. Espero que continue assim", termina, numa constatação que só o nível exibicional permite comprovar, pois a regularidade a marcar mantém-se: só não o fez em Viena e, em casa, com o V. Guimarães. As avaliações O JOGO não têm mudado muito: sempre entre a nota 6 e a nota 7, com média de 6,43, até ligeiramente superior à de 2012/13 (6,41).