Banca retém Meuro 8,6: participação na fase de grupos da Liga dos Campeões garantida com o triunfo no Restelo não assegura encaixe imediato. Parceiros BES e BCP absorvem verba que não estará, assim, disponível para reforçar plantel
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O Sporting venceu o decisivo encontro com o Belenenses, sábado passado, que garantiu o segundo lugar na Liga que vale o apuramento direto para a fase de grupos da edição 2014/15 da Champions, mas não pode contar com os 8,6 milhões de euros pagos pela UEFA aos participantes na milionária prova para reforçar o plantel de Leonardo Jardim para a próxima época. Isto porque as entidades bancárias parceiras - e credoras - da SAD do Sporting, Banco Espírito Santo (BES) e Banco Comercial Português (BCP) absorvem essa receita extraordinária ao abrigo do compromisso assumido com os leões. Ou seja, Bruno de Carvalho não pode contar com essa verba para reforçar o plantel que Leonardo Jardim orientará em 2014/15, numa época em que, além da Champions, o próprio presidente leonino já assumiu como sendo do regresso de um Sporting candidato ao título [ver mais informação nesta página].
O Sporting pode, eventualmente, negociar a antecipação dessa receita com BES e BCP para concretizar a contratação dos reforços pretendidos, mas dificilmente terá mais que os cerca de cinco milhões de que dispôs esta época para atacar o mercado de transferências em 2014/15, nas atuais circunstâncias. Naturalmente, o encaixe decorrente de eventuais saídas de jogadores reforçaria a capacidade financeira dos leões, embora também nessa vertente esteja prevista uma absorção significativa por parte dos parceiros bancários das verbas realizadas.
O Sporting concretizou o regresso aos maiores palcos europeus, mas continua refém de rigorosas limitações orçamentais e terá de voltar a contar com o engenho dos principais responsáveis da sua SAD para alargar opções de Jardim para a Champions e para o título.