Vai deixar Alvalade
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Miguel Lopes está de saída de Alvalade e deverá ter em Espanha ou França o destino para dar continuidade à sua carreira. O lateral-direito já estuda as propostas dos emblemas interessados e tem como certa a partida, até porque o seu vencimento está bem acima da bitola que as restrições orçamentais impõem ao futuro imediato do Sporting. Assim, e depois de ter sido contactado pelos novos responsáveis da empresa que gere o futebol no sentido de baixar o seu vencimento, próximo do milhão de euros anuais e reforçado por prémios de participação, proposta que recusou, o internacional português ficou consciente da necessidade de encontrar alternativas, mas não teve de procurar muito, já que o interesse na sua contratação cedo produziu abordagens concretas: de Espanha chegaram do Bétis, clube que já representou, por empréstimo, em 2010/11, na época que permitiu o regresso da equipa de Sevilha à divisão maior do país vizinho, e da Real Sociedad, mas, ao que O JOGO apurou, é de França que proveem os convites mais atrativos, já que até podem ultrapassar o vencimento que atualmente aufere em Alvalade.
O Sporting, face à recusa de revisão salarial, colocou de imediato o jogador entre os potenciais transferíveis e está completamente disponível para ouvir propostas, mas estabeleceu uma fasquia de três milhões de euros para negociar a transferência de um ativo partilhado com... o FC Porto. É que Miguel Lopes chegou a Alvalade como parte do negócio que levou Izmailov para o Dragão e o emblema azul e branco detém metade dos direitos económicos do seu antigo jogador, razão pela qual terá de receber 50% de uma eventual transferência, dado relevante, tendo em conta que o Sporting se queixou da forma como o adversário avaliou a venda de João Moutinho, integrada num "pacote" com James, para o Mónaco, sobre a qual os leões tinham direitos adquiridos, e ainda ontem cortou relações institucionais com o FC Porto (ver mais informação na página 16).
Recorde-se que Miguel Lopes chegou a Alvalade em janeiro deste ano e de imediato assumiu a titularidade no lado direito da defesa, estatuto que só lhe foi retirado, de forma intermitente, por alguns problemas de ordem física.
Agora, com a saída de Miguel Lopes praticamente assegurada, Leonardo Jardim, perfeitamente consciente do processo, poderá contar - a menos que o mercado lhe pregue mais alguma "partida" - com Cédric e Santiago Arias como alternativa para o posto de defesa-direito, sendo que o primeiro deu muito boa conta de si enquanto o futuro ex-leão esteve lesionado.
