Arias em entrevista: o lateral-direito colombiano fala da incredulidade que sentiu ao ver o clube contratar vários jogadores da sua posição e prescindir dos seus serviços antes de se ter valorizado
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Em 2011, após processo polémico na justiça colombiana para rescindir com o La Equidad, Santiago Arias mudou-se para Alvalade cheio de esperança em triunfar na Europa, mas teve de deixar os leões para tentar alcançar esse objetivo no PSV Eindhoven. E nunca percebeu bem porque é que deixaram de acreditar no seu potencial...
Ficou surpreendido com a sua saída?
A verdade é que não esperava e não percebi a saída. Mas sabia que podia acontecer; foi assim e agora tenho é de aproveitar o momento que estou a viver na Holanda.
Como analisa a sua experiência de verde e branco?
Foi um passo importante para a minha carreira e a minha vida. Aprendi muito futebolisticamente e cresci como jogador. É tudo uma aprendizagem. Não joguei muito na equipa principal, mas fui jogando na segunda equipa e foi isso também que ajudou o PSV a continuar a observar-me.
O que falhou para não ter triunfado?
Não sei... Eu sempre treinei a cem por cento, não sei se teve a ver com questões relacionadas com os dirigentes e os treinadores.
Na segunda época foi para a equipa B e circulou a informação de que se tinha apresentado em má condição física. Foi assim?
Ninguém chega igual das férias ao que apresenta durante a época. Creio que cheguei normal para quem volta de férias, como os restantes, estive a treinar durante uma semana com a equipa principal, mas supostamente a pré-temporada é para isso, para ficar em boa forma e com ritmo. Não percebi muito isso, mas tive de aceitar.
Acha que fez por merecer mais oportunidades?
Quando saiu Sá Pinto, comecei a treinar mais com a equipa principal, mas era só nos treinos e no fim de semana voltava ao Sporting B. Creio que merecia mais oportunidades, mostrei qualidade para isso, treinava bem, fiz as coisas bem também na equipa B, sempre dei o melhor, mas a palavra final era do treinador e dos dirigentes.
Tomaria as mesmas decisões se voltasse a 2011? Ou acha que perdeu dois anos?
Estamos sempre a aprender. São passos que temos de dar, às vezes não se tomam as melhores decisões, mas temos de convertê-las em algo positivo. Não considero anos perdidos, considero como anos de ensinamentos, aprendi muito como jogador e pessoa e olho em frente.