"Mau negócio? Quero ver se fazem melhor"

A resposta de Pinto da Costa a Bruno de Carvalho a propósito do negócio João Moutinho foi célere. "O Sporting não está satisfeito? Eu acho que deve estar muito satisfeito. Eles venderam o João Moutinho por 11 milhões de euros e consideraram que era uma maçã podre. Ao fim de três anos, nós conseguimos que essa maçã tivesse sido comprada por 25 milhões. O Sporting deve dar graças a Deus por termos conseguido este negócio", atirou, poucos instantes depois de votar e contribuir para a sua reeleição.

"A não ser que achem que é um mau negócio. Mas, para terem direito a isso, vou esperar pelos negócios que eles vão fazer para perceber se conseguem vender jogadores melhor do que nós", atacou, seguramente sustentado pelo passado recente dos leões, que não fazem uma venda desta envergadura desde que o Manchester United levou Nani por 25,5 milhões de euros, em 2007. Antes disso, nem Cristiano Ronaldo valeu tanto (15 milhões de euros). "Vendemos um jogador de 26 anos por mais do dobro. A maçã podre, afinal, transformou-se numa maçã bastante apetecível", brincou até.

O presidente portista não se alongou por não querer "de forma nenhuma envolver-se em polémica" com um rival a quem até já desejou um regresso rápido aos bons resultados. Mas, também porque o assunto passou pelas transferências entre os dois clubes, Pinto da Costa não se coibiu de confirmar uma notícia antecipada há largas semanas por O JOGO. "Sei que estão interessados em alguns jogadores, porque nos contactaram, por exemplo, por causa do Josué [Paços de Ferreira]", revelou. "Isso analisaremos depois", relegou, recusando avançar com mais nomes.

O caso de Josué é claro: o Paços detém os direitos desportivos, mas partilha os económicos com os dragões, que, assim, têm uma palavra a dizer numa eventual transferência e Carlos Barbosa, presidente dos pacenses, até disse ao MaisFutebol que "pode haver a possibilidade de o FC Porto querer o Josué".