De partida para a Lázio, Maurício faz o balanço de ano e meio como leão e confessa qual a fórmula capaz de unir o balneário na busca do sucesso
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Já com um pé em Itália, mas ainda em Lisboa, Maurício agradece, e muito: aos dois técnicos que teve e aos colegas. O seu adeus até fez escorrer lágrimas.
Após ano e meio em Portugal, o Maurício dá o salto para Itália. É um jogador melhor agora?
-Estou mais experiente, aprendi muito. Este ano e meio em Portugal foi muito bom, especialmente na primeira época. Consegui adaptar-me rápido com a ajuda dos meus companheiros e, inicialmente, do Leonardo Jardim, que confiou em mim. Deu-me oportunidade para jogar com regularidade. Mudou muita coisa no segundo ano: saíram peças importantes e entraram novos jogadores. Tenho consciência de que não estava tão bem nesta temporada, mas, dada a minha experiência, estava a ajudar os meus companheiros, principalmente os novos, como o Sarr e o Rabia. Eles mandaram-me mensagens. Alguns até choraram, não vou dizer quem [risos]. Fiz amigos e isso é mais importante que dinheiro. Deixar boa impressão é maravilhoso.
Leonardo Jardim e Marco Silva foram os seus técnicos em Alvalade. Qual a importância de um e outro?
-Muita. O Leonardo Jardim é muito inteligente. Sabia lidar com os jogadores, cobrando-lhes o máximo. Na equipa dele, não há titulares ou reservas; todos têm um espaço e isso é muito importante. Pegou em muitos jovens, que deram o máximo para evoluir e vencer. O Marco é um excelente treinador, sempre preocupado. Gosta de conversar, deixando todos à vontade. Sabe motivar e taticamente é diferente. Vai longe, como o Jardim. São os dois excelentes e parecidos.
Como tem Marco Silva motivado a equipa, a dez pontos do topo da Liga?
-Tem falado muito com o grupo. Não é fácil disputar quatro frentes: saímos de um jogo da Liga e vem um da Taça da Liga, outro da Taça... Cada semana tem de se trabalhar mais e mais, mas o Marco tem os jogadores na mão e sabe que pode contar com todos. Na Liga, faltam muitos jogos; os rivais não vão ganhar sempre.
Acredita que o próximo jogo com o Benfica será determinante?
-Vai ser. Se vencermos, ficamos a sete pontos e, se perdermos, ficaremos a 13. Aí, tudo será mais difícil. Creio que esse jogo vai fazer muita diferença, mas espero que o Sporting ganhe, claro.