Passagem aos "quartos" da Champions garante receita de 28,5 milhões de euros, superando até os proveitos do FC Porto campeão europeu em 2003/04
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O Benfica entra amanhã com uma magra vantagem para a segunda mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões, mas no relvado do Estádio Petrovsky joga-se bem mais do que o prestígio de seguir em frente na competição - ultrapassar o Zenit significa também o encaixe de mais seis milhões de euros, que somados aos 22,5 entretanto já amealhados tornam este no mais alto valor alguma vez recebido por uma equipa portuguesa numa prova europeia.
A confirmar-se o apuramento para os quartos de final, os bicampeões nacionais ultrapassam assim os 27 milhões de euros recebidos pelo FC Porto em 2003/04, quando pela mão de José Mourinho os dragões ergueram o troféu da Champions.
Nestas contas enquadram-se apenas os montantes correspondentes à performance desportiva, até porque a fatia do "market pool" - verba referente às transmissões televisivas - a receber pelas águias nesta época ainda não é conhecido, não sendo possível estabelecer um paralelo. Agora, porém, os encarnados também beneficiam, naturalmente, do exponencial aumento dos prémios atribuídos pela UEFA na competição. Só a presença na fase de grupos rendeu às águias 12 milhões de euros, os quais dispararam com as três vitórias (à razão de 1,5 milhões de euros cada) e um empate aí somados. Total? Mais cinco milhões de euros e posteriores 5,5 relativos à passagem aos oitavos de final.
Relativamente à última performance, com Jorge Jesus ao leme da equipa, a disparidade é também notória, pois em 2014/15 o emblema da Luz não passou dos 8,6 milhões de euros em prémios. É preciso, todavia, explicar que o FC Porto já na última caminhada de Liga dos Campeões fechou também com um valor mais elevado do que o até agora feito pelas águias, tendo Julen Lopetegui guiado os azuis e brancos a um encaixe de 23,1 milhões de euros, antes da queda aos pés do Bayern Munique, nos quartos de final.
A passagem do Benfica aos quartos de final na campanha em curso deixará tudo isso para trás e ainda será preciso no final acrescentar-lhe as outras receitas, como o retorno das bilheteiras e a referida quota do "market pool" - rendeu quatro milhões na época anterior -, que sempre garante mais alguns milhões de euros depois de feita a divisão do bolo televisivo pelas outras equipas portuguesas.