Vitória após penálti sofrido. Quintero e Herrera fizeram a estreia como titulares. O primeiro beneficiou do posicionamento de Josué para brilhar, numa partida em que sobressaiu ainda a afinação defensiva e o faro de Ghilas pelo golo.
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Quintero é o ponto de partida obrigatório de uma vitória (3-1) portista sobre um adversário com nome e qualidade individual e que, depois de uma derrota, terá tranquilizado responsáveis e adeptos com vista ao arranque dos jogos oficiais. O destaque não é tanto por ter pertencido ao jovem colombiano a primeira iniciativa de ataque mas por ter justificado as expectativas: jogou, fez jogar, participou de forma decisiva nos dois primeiros golos da equipa e, acima de tudo, evidenciou que gosta de assumir o jogo. O outro lado da moeda foram algumas perdas de bola, próprias da ansiedade de quem quer mostrar o talento que sabe possuir. A questão está agora em saber o que fará dele Paulo Fonseca - com Lucho no onze, Quintero não terá a liberdade de ontem para jogar a 10, uma variação tática do sistema portista facilitada pela presença de Josué, com o ex-Paços a oscilar entre falso extremo e interior esquerdo para compensar as deambulações do colombiano.
Com a defesa que deverá começar a época, sábado, na Supertaça, contra o V. Guimarães, Fonseca apostou numa equipa muito diferente da véspera e o desfecho também o foi. Desta vez, não obstante terem-se visto em desvantagem devido a outro penálti, os dragões materializaram a superioridade exercida durante largos períodos, em particular numa segunda parte com interessantes combinações, lances vistosos e... golos! O primeiro surgiu numa jogada de antologia: recuperação de bola de Fernando no chão, condução do jogo por Herrera, Quintero a definir a jogada e Ghilas, com uma rápida diagonal e remate cruzado, a concluir.
Perante um Nápoles lento e a apostar em bolas longas para os avançados, na maioria das vezes bem controlados pela rápida linha recuada portista, os tricampeões portugueses voltaram a marcar numa transição rápida e com a marca de Quintero. Quando a bola lhe chegou, percebeu que era pela direita o caminho, lançando Varela, cujo cruzamento venenoso precipitou o autogolo de Fernández.
Paulo Fonseca só mexeu depois dos 70 minutos e foram dois suplentes a cozinhar o 3-1. Carlos Eduardo, atrás do meio-campo, lança Licá e este, com muita sorte e aselhice de Dossena à mistura, conclui de forma fácil.
Se Defour deve ter agarrado a vaga no meio-campo ante o Galatasaray, dir-se-ia que a exibição valeria a Quintero resolver a outra dúvida de Fonseca para o encontro de sábado. A margem de dúvida - grande - deve-se à capacidade de se fixar mais na esquerda.