Teve propostas da Rússia, da Turquia e do Catar, mas foi o Internacional de Porto Alegre que o deixou hesitante, já que associava a um contrato de três anos a possibilidade de estar a uma hora da família. SAD e capitão rejeitaram
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Do Brasil chegava a notícia com a consistência de algo que, dizia-se, em breve se tornaria oficial: Lucho González a caminho do Internacional de Porto Alegre. Nos últimos dias, foram muitos os órgãos do Rio Grande do Sul a citar fontes do clube e a dar conta de um acordo iminente, em contraste com o foco que o capitão revela no estágio dos dragões. A O JOGO, o FC Porto negou a saída do argentino, mas houve de facto conversas com o Inter, o único pretendente que Lucho aceitaria, caso fosse esse o entendimento da SAD.
Segundo nos explicou Federico Simonian, representante do médio, o que não faltaram foram propostas para uma pré-reforma milionária. "Tivemos contactos da Rússia, da Turquia e do Catar, mas nem por um segundo o Lucho pensou sequer negociar com clubes desses países; isso estaria completamente fora dos objetivos dele", começou por revelar, ressaltando depois aquilo que o poderia fazer pensar na proposta do Internacional. "Estando de corpo e alma no FC Porto e com objetivos muito claros e muito firmes, só a proximidade dos dois filhos e da mãe poderia mexer com ele. O Internacional dava-lhe essa possibilidade", reconheceu.
O clube do estado brasileiro mais próximo de Buenos Aires (uma hora de avião) revelou grande interesse no argentino e oferecia-lhe um contrato de três anos, sendo fácil de perceber o que isso significaria para um jogador convidado a assinar até aos 36. Apesar de outras abordagens de equipas daquele país (Atlético Mineiro, onde joga Bernard, incluído), só o pormenor geográfico do Inter faria Lucho vacilar.
A questão, porém, caiu rapidamente após conversa com a SAD. Em época de profundas alterações na equipa técnica, no plantel e, ao que tudo indica, no estilo de jogo, é para o FC Porto inimaginável antecipar a saída do capitão. Para Lucho, e segundo nos disse um familiar, à vontade dos dragões juntou-se a sua própria ambição competitiva. É que El Comandante não quer abdicar da Champions, prova onde apenas chegou aos quartos de final. O médio já tem dito que aposta forte na competição e esse não é um discurso de circunstância, mas que se junta a outras fortes razões para seguir aquela que seria, sempre, a sua opção desportiva: continuar no FC Porto. E assim será...