Central será a grande novidade no dia um do novo FC Porto. Treinador e Direção de acordo quanto ao internacional português, que soma 175 jogos pelo clube, mas há pormenores a acertar para que a presença no plantel final seja uma certeza
Corpo do artigo
Um FC Porto ainda muito provisório apresenta-se hoje no Olival para o dia um de 2014/15. Depois de uma temporada de razia, que motivou até a alteração no comando técnico e a aposta, nove anos depois, num treinador estrangeiro, eis que o dragão volta à base, ainda sem os grandes trunfos de mercado e também sem os internacionais que disputam ou disputaram o Mundial do Brasil.
Salvo alguma surpresa de última hora, a grande novidade do dia será a integração de Rolando. Dir-se-á que é uma chamada natural, tendo em conta que o central tem contrato e as negociações com o Inter de Milão encravaram, mas basta atentar no facto de o internacional português ser o único jogador que esteve cedido na temporada transata a merecer ordem para se apresentar e percebe-se que esta presença não será mera formalidade. Rolando é um desejo de Lopetegui que merece o aval da Direção. Perto dos 29 anos, o defesa que soma 175 jogos pelo FC Porto é visto como um trunfo desportivo com grandes vantagens extensíveis ao conhecimento do clube, experiência de alto nível e liderança.
Sem entendimento entre os dragões e o Inter, que o recebeu na última temporada mas não abre os cordões à bolsa, a SAD pensou o regresso do jogador de origem cabo-verdiana. As informações recolhidas por O JOGO vão no sentido de estar escancarada a possibilidade de o defesa integrar mesmo a composição final do plantel, mas esse é um desfecho dependente de alguns fatores. Desde logo, o facto de Rolando poder forçar a saída. O central manifestou o desejo de se transferir para o Inter a título definitivo e só tem contrato válido por mais uma temporada, sendo o único jogador de campo nessas condições. Importa lembrar, contudo, que em entrevista concedida a O JOGO em inícios de maio, Rolando mostrava, porém, disponibilidade para o regresso ao Dragão, indicando que as acusações que fez aquando da saída (e que visavam Vítor Pereira e Antero Henrique) tinham um contexto entretanto sanado: "Não tenho de perdoar, nem de ser perdoado."
Pela forte marca que tem no clube (integrou as estruturas de capitães de Jesualdo Ferreira, Villas-Boas e Vítor Pereira), mas também pelo valor desportivo que lhe é reconhecido por Lopetegui e pela SAD, é expectável que as próximas semanas esclareçam as condições que potenciarão o regresso de Rolando. Face à saída de Fernando (e até de Fucile), este seria um "reforço" útil num plantel muito jovem e com défice de anos de casa.