Kelechi é para segurar

Uma sequência de observações levou o FC Porto a identificar e a avançar por Kelechi Iheanacho, o número 10 da equipa sub-17 da Nigéria que venceu o Mundial da categoria este mês e que se coroou como o melhor jogador da competição, na qual marcou seis golos (incluindo um na final) e somou cinco assistências. O JOGO já tinha dado conta da validade das notícias que o apontavam como alvo dos dragões, mas o processo tem conhecido avanços, em parte relacionados com o interesse de grandes clubes europeus no craque nigeriano.

Ontem, o sítio "MTN" apontava mesmo as negociações com o FC Porto como estando muito adiantadas, sabendo o nosso jornal que a SAD tem no terreno um emissário a intermediar a operação. Aliás, há até informações pouco claras sobre a situação contratual de Kelechi, que não tem, contrariamente ao que tem sido veiculado, qualquer ligação aos polacos do Widzew Lodz. O craque nigeriano - que no Mundial jogou como segundo avançado, nas costas de Isaac Success - pertence à Taye Academy e tem sido insistentemente apontado como reforço do Arsenal, que até teria o responsável pelo scouting no terreno.

O FC Porto, porém, já se posicionou e deve mesmo assegurar Kelechi Iheanacho, o que não quer dizer que o jogador possa efetivamente ser reforço a breve prazo. O processo assemelha-se ao de Mikel Agu, médio nigeriano da equipa B que esteve dois anos a treinar no Olival até assinar contrato profissional, no dia em que fez 18 anos. A maioridade é condição essencial para que Kelechi seja oficializado como jogador do FC Porto, assim se confirme que os dragões assumiram, de facto, a dianteira na corrida pelo melhor do mundo no escalão sub-17.

A aposta em jogadores africanos tem sido recorrente ao longo dos últimos anos, sendo Christian Atsu (campeão em 2012/13 e vendido ao Chelsea) o expoente máximo desse investimento. Ebo Enoch, Seri, Mbola, Bruce Musakanya, Sagna e Backar Baldé foram futebolistas que, entre as equipas B e sub-19, não conseguiram confirmar a ascensão à formação principal.