Mudou-se para Portugal com a ideia de jogar na Liga dos Campeões, mas ao fim de semana e meia de treinos foi emprestado a um clube do Dubai. "Ficaram coisas por fazer no Benfica. O meu desafio é voltar", garante
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Luís Fariña nem aqueceu o lugar no balneário na Luz. Contratado ao Racing de Avellaneda, treinou-se alguns dias, participou em dois jogos de preparação e foi emprestado ao Baniyas, dos Emirados Árabes Unidos. Na primeira entrevista depois da saída, conta a O JOGO que não esperava a cedência, mas promete voltar em força.
Como se sentiu nos dias em que esteve em Portugal e nos jogos particulares?
Fui tudo muito bom. Senti-me muito bem, confortável, e a habituar-me a uma nova vida. Para mim, foi um orgulho enorme ter treinado e jogado dois particulares com jogadores daquele nível. Foi impressionante.
Que jogadores o surpreenderam mais?
Muitos, sobretudo Salvio e Gaitán. Todos, mas notei que os argentinos se destacavam bastante.
Como é que eles o receberam?
Muito bem. Portaram-se da melhor maneira comigo. Agradeço-lhes muito.
Houve alguma coisa no clube que o tenha surpreendido?
É uma instituição impressionante. Um clube que está a crescer de ano para ano e que está ao nível dos maiores clubes da Europa.
Como foi a relação com o técnico do Benfica? Que lhe disse ele?
Desde o início que conversava muito comigo e dava-me conselhos. Disse-me coisas que me fizeram pensar e aprender. Depois, não sei como surgiu esta possibilidade de ir para os Emirados, e acabei por sair.
Que conselhos lhe dava ele?
Para ficar tranquilo, que eles estavam ali para me ajudar com qualquer tipo de problema psicológico ou de adaptação. Perguntou-me em que posição me sentia mais confortável para poder render mais. Mas não aconteceu o que eu esperava e tive que sair.
Decidiram emprestá-lo porque não tinha lugar na equipa?
Na verdade, não sei. Estive uma semana e meia a treinar, trabalhei com bola durante três dias e depois o técnico não teve a chance de ver-me e conhecer-me bem. Não sei o que falaram, mas surgiu a hipótese de ir para os Emirados e o Benfica gostou.
Dos argentinos do Benfica, com quem passou mais tempo?
Com o Lisandro López e Salvio, que me levava para os treinos. Estávamos quase sempre juntos. No pouco tempo que estive lá, também me dei bem com outros, como o Maxi Pereira.
Foi comparado com Aimar?
Agora não, mas antes sim, quando, na época passada, se disse que podia ir para o Benfica. Mas agora ninguém me disse nada.
Gostaria de ter ficado no Benfica?
Sim, ter-me-ia encantado. Em determinado momento, fui eu que escolhi ir para lá. A minha ideia é voltar daqui a um ano. Ficaram coisas por fazer no Benfica, como defrontar adversários de topo. O meu desafio é voltar para jogar a Liga dos Campeões pelo Benfica.
Falou com o Viola sobre o futebol português?
Não, não falámos sobre futebol. Ficámos de nos encontrar no dia em que ele viajou para a Argentina, mas não nos voltámos a ver.