Técnico disse ao presidente que não pretendia formar uma nova dupla de centrais. Visto que a saída do argentino parece inevitável, a ideia de JJ é "conservar" o brasileiro, que a SAD... colocou no mercado
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Para Jorge Jesus, é simples: ou sai Luisão ou sai Garay. Os dois ao mesmo tempo é que não. Ao que O JOGO apurou, o técnico tem perfeita noção de que será muito complicado manter El Negro na Luz em 2013/14, daí já ter conversado com o presidente Luís Filipe Vieira no sentido de este segurar Luisão. Na prática, o treinador só não deseja perder a dupla de centrais de uma assentada, o que o obrigaria a começar um trabalho praticamente do zero com caras novas, e logo numa zona que considera tão fulcral.
O problema, todavia, está no facto de a SAD também ter colocado o internacional brasileiro no mercado, havendo clara abertura para negociar o camisola 4, que poderá assim terminar um ciclo de dez temporadas de águia ao peito. Tal como O JOGO adiantou em primeira mão já há um mês, os responsáveis benfiquistas consideram que esta deverá ser a altura indicada para tal acontecer. O central está longe da lista de dispensas, mas por esta altura já se vão realizando contactos informais tendo em conta a sua possível transferência. Do ponto de vista da sociedade anónima, a poupança de um elevado salário - na casa dos 1,8 milhões de euros líquidos - é vista com bons olhos numa altura de crise, e o próprio jogador também não enjeita a mudança de ares, assim possa incrementar ainda mais os seus rendimentos numa altura em que já leva completados 32 anos.
Até ao momento, sabe O JOGO, nenhuma proposta concreta chegou ao Benfica, ao contrário do que aconteceu num passado recente. Ainda na última reabertura do mercado, os russos do Anzhi chegaram-se à frente com uma oferta de oito milhões de euros para o Benfica - para Luisão, os números eram também atrativos, com um salário superior a três milhões de euros anuais - que a SAD prontamente recusou, face às provas em que a equipa estava inserida e também ao facto de o brasileiro ser considerado nuclear na equipa. Quique Flores, esse, também já viu dois clubes onde trabalhou terem propostas declinadas - primeiro fez força para ter o defesa no Atlético de Madrid e já este ano arriscou nova investida pelo (ainda) capitão das águias, desta feita para o Al-Ahli, dos Emirados Árabes Unidos.
Este mercado poderá, aliás, ser uma opção viável para uma eventual transferência do jogador, que também agrada no Brasil. Resta ser determinado, porém, até que ponto Luís Filipe Vieira está disposto a ceder por aquele que diz ser o seu jogador preferido do plantel, pois uma possível saída nunca será a custo zero.