Antigos centrais do Sporting veem a mão do técnico na evolução de um defesa do qual a SAD espera um encaixe financeiro já no defeso, potenciado pela subida de produção.
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O golo que Marcos Rojo apontou ao cair do pano do confronto com o Nacional valeu uma importantíssima vitória leonina, mas é apenas um reflexo da evolução notória que tomou conta do seu futebol desde que Jesualdo Ferreira assumiu o comando técnico: menos decisões intempestivas, maior regularidade, mais intensidade e concentração superior deram ao central argentino outra dimensão no centro da defensiva verde e branca, como podem dar outra profundidade ao encaixe financeiro de que a SAD necessita na reabertura do mercado: a tese de que o professor tem sido essencial na subida de rendimento do central é apoiada por antigos representantes da mesma posição no universo verde e branco, que também reconhecem que esta evolução pode ter tradução no valor que os leões podem encaixar numa eventual transferência - possuem 25% dos direitos económicos, enquanto os restantes 75% são propriedade do fundo de investimento Doyen Sports [ver caixa].
"Nota-se que os jogadores, com Jesualdo Ferreira, alcançaram outro nível e Rojo tem beneficiado com isso mesmo. O golo que marcou reflete essa confiança", observa Venâncio, que conta com o apoio do antigo colega Pedro Barny, que explica a O JOGO em que parâmetros foi fundamental a intervenção de Jesualdo: "Rojo tem melhorado no posicionamento e na abordagem aos lances, controlando melhor o seu temperamento, pois, como jogador sul-americano, é mais impulsivo."
O futuro, esse, não deve, porém, passar por Alvalade. Isto porque Marcos Rojo tem mercado - é pretendido em Espanha (Valência), Itália (Roma e Lázio) e Ucrânia -, facto que, aliado ao elevado custo decorrente do seu vencimento, o torna num candidato de primeira linha a uma transferência na reabertura do mercado. Santamaria, central formado em Alvalade, vê esta solução como ideal. "Se a quantia for elevada... aceitem. É verdade que depois de Jesualdo Ferreira agarrar na equipa, Rojo está mais exposto a que surjam propostas", diz Santamaria, numa opinião partilhada por Marco Almeida, que até tem no currículo um título de campeão ao serviço dos leões. Certo é que Rojo, visto como opção prioritária para o centro da defesa desde que foi contratado, no verão de 2012, foi peça fundamental para todos os treinadores e Jesualdo não fugiu à regra, já que recorreu ao argentino sempre que este se encontrava em boas condições físicas. Também para o professor Rojo é, essencialmente, um central, pois só por uma vez, em situação de recurso, o fez alinhar do lado esquerdo da defesa (frente ao Estoril).n