O colombiano esteve no relvado e deu sinais de que, apesar das cautelas na véspera, enfrentará o Nacional.
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James voltou a pisar os relvados do Olival e está recuperado dos problemas físicos que na véspera o obrigaram a trabalho específico no ginásio, na sequência das queixas que apresentou depois do jogo com o V. Setúbal. Vítor Pereira poderá contar com o colombiano para a deslocação à Madeira para defrontar o Nacional, e o mais certo é que mantenha o número 10 no onze inicial, num jogo de importância crucial para os azuis e brancos continuarem a alimentar a esperança de revalidação do título nacional.
El Bandido tem sido um quebra-cabeças desde que se lesionou, em janeiro. Daí para cá, uma pergunta tem sido recorrente: estará James abaixo daquilo que rendeu na primeira parte da época? Considerando os últimos jogos, o impulso é responder que sim. Mas, o que parece uma evidência à vista desarmada, sobretudo para quem se habituou a ver o colombiano assumir os cordelinhos da equipa nos primeiros meses da época, não encontra uma correspondência tão taxativa nos números.
Em proporção, analisando o rendimento de James antes e depois da lesão, o colombiano mantém-se regular nas assistências (ultrapassou as 10 que conseguiu na temporada passada; está a quatro das 16 do ano de Villas-Boas, em que praticamente só jogou na segunda metade da época) e, continuando nessa proporção rendimento/minutos, só está ligeiramente abaixo do que era média no que toca à pontaria. Por ironia, o último jogo, com o V. Setúbal, é um espelho perfeito dessa ideia: James assistiu o golo de Lucho, mas falhou um penálti.
A parte física não encontra suporte objetivo em números. O colombiano parece não ter conseguido ultrapassar os efeitos da paragem a que foi forçado, entre janeiro e fevereiro, embora essa ideia de menor fulgor físico seja transversal a toda a equipa, um sinal que se torna ainda mais evidente à luz da filosofia de jogo - posse e pressão - que Vítor Pereira defende. Outro fator que pode contribuir para explicar a irregularidade exibicional do colombiano prende-se a mudanças sucessivas no trio da frente. Izmailov, Varela, Atsu, Kelvin e até Defour foram sendo experimentados e nenhum deles conseguiu estar à altura de dividir despesas com El Bandido, ao ponto de lhe permitir camuflar exibições menos conseguidas.
Em todo o caso, mesmo a dividir opiniões, James continua a ser foco de atenções no mercadoe tem mais três jornadas para arrumar de vez com a ideia de que a lesão que sofreu em janeiro - ironicamente no jogo da primeira volta com o Nacional - encravou a caminhada de uma afirmação indiscutível.
