Goleador tinha dito que as conversações estavam paradas, mas o tema voltou à baila e já há números para o acordo. Mais anos de contrato e que também valem melhores vencimentos para o avançado, à partida sem qualquer revisão na cláusula
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O tema parecia morto e enterrado (o mesmo fora assumido, de resto, por jogador e empresário), mas voltou ontem à atualidade noticiosa por força de uma simples declaração de Luis Manuel Manso à Rádio Renascença: "Está tudo bem. Já há acordo para Jackson renovar." O JOGO também falou com o representante do goleador que, telegraficamente e sem mais pormenores, reafirmou o essencial da mensagem, insistindo que na próxima semana estará em Portugal.
Parece um "dejà-vu" - atenuado pelas tais reticências relativamente aos detalhes, que antes eram confortavelmente revelados -, mas ao que o nosso jornal apurou há, de facto, uma base a sustentar a renovação do colombiano. O FC Porto apresentou números com os quais Jackson mostrou estar de acordo, mas a oficialização do novo contrato não tem data e pode nem acontecer na próxima semana. A base, porém, está definida e, em suma, satisfaz a vontade portista de ter um vínculo mais prolongado com o goleador (fortalecendo posição negocial com vista a uma futura transferência), oferecendo-lhe em contrapartida um vencimento mais condizente com o peso que Jackson tem na equipa e que, nesta época e meia, se traduz em 50 golos marcados.
A cláusula de rescisão, apontada pelo próprio jogador como um dos entraves à renovação, não deve merecer qualquer retoque, até porque, em rigor, já atinge um valor que protege a SAD. Os 40 milhões de euros são números raramente batidos por um jogador de 27 anos e que garantem a continuidade de Jackson até final da temporada, como de resto o avançado já garantiu que acontecerá. Aqui, há consenso absoluto.
O resto, e porque nem a renovação o afastará dos rumores do mercado, estará intimamente vinculado ao rendimento do ponta de lança, que tem mantido a veia goleadora e terá, em junho, um Mundial que pode aumentar ainda mais a sua cotação. Jackson, recorde-se, foi apontado a inúmeros destinos no verão, mas o ataque mais cerrado partiu do Nápoles, com Rafa Benítez a admitir o interesse, mas a conformar-se com a indisponibilidade do FC Porto para negociar abaixo da cláusula de rescisão.
Contratado ao Jaguares de Chiapas por oito milhões de euros, Jackson é mais um caso de valorização instantânea e explosiva do nosso campeonato. Na época passada, com 26 golos, foi o melhor marcador da Liga, decisivo para a conquista do tricampeonato.