Jackson dá o corpo às balas e assume, também ele, que não está satisfeito com os 21 golos que já marcou. A hora é, no entanto, de olhar em frente e recuperar o ânimo que os últimos dois jogos vinham a conferir
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Quatro golos separam o atual Jackson Martínez daquele que no ano passado fazia todos renderem-se a uma qualidade comparável à de Falcao. O crédito do colombiano não se esgotou e os 21 golos na época em curso nem sequer podem ser considerados poucos, até porque, em Portugal, ninguém tem mais do que ele, embora Montero apresente uma média superior: 0,7 golos por jogo, contra 0,64 do Cha Cha Cha. O portista assume, no entanto, que depois de uma temporada de estreia tão prometedora está desiludido com a produção que leva agora. "Esperava ter mais golos e é claro que o assumo. Espero sempre mais de mim. Penso sempre em marcar mais", sublinhou a O JOGO no final do duelo contra o Eintracht Frankfurt.
"Mas dependo da equipa", desculpa-se, antes de corrigir e vincar que a equipa também depende dele, "pois o futebol é coletivo." De uma forma ou outra, penitencia-se. "Hoje [anteontem] tive uma boa ocasião, mas não saiu", lamenta. "Mas continuo a fazer o mesmo trabalho todos os dias. É isso que me dá tranquilidade", aponta calmamente, levantando a cabeça e olhando em frente, ainda que muito desiludido com o empate. Desiludido, mas não menos confiante. O que a equipa vinha a produzir nos últimos jogos não deve ser sonegado. "Isto não abala a nossa confiança, que estava a crescer. A equipa está forte e vinha a melhorar. O grupo continua a acreditar que pode reverter a situação. Temos de ver o que fizemos errado, estudar esses erros e ver também as coisas boas, que foram muitas mais. Temos a possibilidade de passar à fase seguinte diante de uma equipa que também tem qualidade e teve mérito", comentou. "Estamos bem e, por isso, a confiança não fica abalada. Amanhã [ontem] já temos de pensar em estar motivados. É a motivação que nos vai levar a fazer bem o que sabemos fazer. Temos de estar focados no jogo de domingo e depois pensar no jogo da Liga Europa", reforçou.
A concluir, o avançado fez questão de não desculpar o desaire apenas com os erros portistas. "Jogámos o suficiente até para ampliar a vantagem. Mas não podemos tirar mérito ao adversário, que fez um bom trabalho e lutou até ao fim com as suas armas para empatar", afirmou.