Para o FC Porto esta é a única prova que pode acrescentar à Supertaça e Luís Castro não deve mexer no onze-base. O Benfica desloca-se ao Dragão com Jorge Jesus a fazer gestão para Turim, mas a sonhar com o pleno nos troféus em que está envolvido na atual temporada
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Tudo ou nada no quarto - dentro de duas semanas há mais um - clássico entre dragões e águias esta temporada. Tudo para o Benfica e nada para o FC Porto, ou a possibilidade de os dragões afastarem as águias e evitarem que estas consigam o pleno de troféus esta temporada. Trocado por miúdos, a equipa de Jorge Jesus já garantiu o título nacional, a presença no Jamor e está em vantagem na meia-final da Liga Europa, perante a poderosa Juventus: se ganhar esta tarde, no Dragão, garante mais uma final e deixa os portistas de novo carpir mágoas por uma época que, nesse caso, só encontrará paralelo em 1982/83, quando o Benfica ficou à frente dos dragões em tudo.
Para o FC Porto, a Taça da Liga não é salvação, longe disso. "Uma boa época, aqui no FC Porto, é quando se ganha o campeonato ou uma prova internacional", avisou há dias Pinto da Costa a O JOGO. De qualquer forma, afastar o Benfica de mais uma final ajudará os adeptos a atenuar a desilusão e permitirá, no dia 7, discutir, pela segunda vez consecutiva, a final da Taça da Liga, a única prova nacional que o clube ainda não conquistou.
Por isso, Luís Castro vai a jogo com a equipa "principal". Helton é a única baixa e, em relação aos outros dois clássicos que orientou frente ao Benfica, deve haver apenas duas mudanças: Maicon no lugar de Reyes e Ricardo no de Varela, caso se confirme que este não está mesmo em condições de começar a partida. Fernando e Quaresma estão de volta aos eleitos e são reforços de peso para esta partida.
Do lado do Benfica, só mesmo Jorge Jesus terá a certeza de qual a equipa que vai apresentar no Dragão, porque na quinta-feira há decisão europeia em Turim e é preciso gerir a sobrecarga muscular de alguns atletas. Por outro lado, o treinador não descura a possibilidade de oferecer o "penta" na Taça da Liga ao Benfica. O mais certo é que apele à vontade de mostrar serviço dos jogadores menos utilizados, conseguindo, assim, gerir as opções e emoções para Turim e, ao mesmo tempo, garantir uma equipa com espírito competitivo suficiente para dar uma resposta à altura no Dragão e, com isso, ganhar até mais um punhado de opções para outros compromissos.