Figuras do universo leonino querem reforçar a defesa para atacar o título e, dentro das possibilidades do clube, tudo o resto será um extra. Mas mexer por mexer... não!
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Enquanto o título se mantém como um assunto tabu em Alvalade, a reabertura do mercado de transferências aproxima-se - é já durante o próximo mês, em janeiro, que se podem voltar a inscrever jogadores - e o universo leonino faz as contas às prendas de natal que gostava de receber para que a luta pelo título seja uma realidade até ao final da prova: a prioridade é, de forma quase unânime, um defesa-central e um médio criativo seria também bem recebido.
O pacto interno para não assumir a candidatura, apesar de, após disputadas 11 jornadas, o Sporting ser o líder da I Liga - com os mesmos pontos do Benfica -, chega mesmo a condicionar o discurso de algumas das personalidades contactadas por O JOGO [ver texto nesta página], que se sentem mais à vontade para falar de hipotéticas contratações. Maurício, Rojo e Dier são os centrais de serviço com Leonardo Jardim e têm contribuído para que os leões sejam das defesas menos batidas da prova (9 golos sofridos, mais um que Benfica e FC Porto), mas falta mais qualquer coisa... nomeadamente qualidade técnica. O painel contactado gostava de ver um central com classe a liderar o eixo defensivo, um defesa que jogue de cabeça levantada e com a bola no pé, ao estilo de André Cruz.
Mas a defesa não é o único sector no qual eventuais mexidas seriam bem-vindas. No meio-campo, por exemplo, não se coloca de parte a chegada de mais um jogador de características ofensivas. Um criativo, um tradicional camisola 10 cujas características possam ser adaptadas às exigências do 4x3x3 que Leonardo Jardim utiliza. O habitual titular, André Martins, é mesmo citado como o elo mais fraco do miolo e ter um criativo a partir de janeiro no seu lugar é um cenário que aceitariam com agrado.
Mas atenção. Ninguém se ilude sobre a capacidade de investimento do Sporting. Se não for possível reforços de qualidade a baixo custo, não vale a pena hipotecar o futuro regressando às estratégias financeiro-desportivas dos últimos anos, consideram. Ou seja, para mexer por mexer mais vale manter o atual grupo ou continuar a premiar e a promover os jovens talentos formados no clube, até porque existe algum receio de que os possíveis retoques de janeiro possam alterar a dinâmica positiva e a união do balneário.