Eventual acionista minoritário na SAD do Sporting: "Bayern tem o modelo certo"
A entrada de um acionista minoritário é o caminho escolhido por Varandas para o futuro da SAD. Participação de empresas fortes na estrutura dos bávaros serve de modelo a seguir, indicam os inquiridos por O JOGO, rejeitando um cenário que coloque os leões como “satélite” de um colosso europeu.
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Após confirmar o final da reestruturação financeira com a recompra dos Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis (VMOC) ao Novo Banco, no final de dezembro, o Sporting comunicou a eventual “entrada de uma parceria estratégica minoritária no capital na SAD”. O tema nunca foi falado em Assembleia-Geral do clube e ganha força para a segunda metade do ano quando forem convertidos os VMOC. A O JOGO, duas figuras atentas à gestão do clube traçam as suas preocupações e também avaliam eventuais vantagens.
Afonso Pinto Coelho e Nuno Sousa coincidem no elogio ao modelo do crónico campeão alemão. “Vemos o Bayern, que tem três empresas com interesse em entrar no desporto e que ganham com as sinergias. Têm uma de equipamentos desportivos, outra de seguros e uma do ramo automóvel. Poderiam ser três empresas assim no Sporting, em que cada uma tivesse 12,5% do capital social”, destaca Pinto Coelho, do Movimento Hoje e Sempre Sporting, lembrando a participação de Adidas, Allianz e Audi. “O Bayern tem o modelo certo. Se pudéssemos ter parceiros nacionais seria o ideal, mas não estamos na Alemanha. Cada país tem as suas singularidades. É difícil dizer numa folha em branco qual o investidor ideal. Tenho dificuldade em ver os benefícios imediatos. A Holdimo chegou a ter 30% da SAD e não vimos grande diferença na gestão do Sporting”, assinalou Nuno Sousa, deixando algumas dúvidas quanto ao tipo de investidor que pode surgir interessado.