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Para Jorge Jesus, o problema do Benfica frente ao Estoril não foi tanto o desgaste físico dos jogadores, o qual até tentou desvalorizar, mas mais a falta de acerto na baliza, apesar das oportunidades criadas. "O Estoril apareceu bem estruturado, mas normalmente não falhamos tantas oportunidades como as que falhámos hoje [ontem]. Falhámos umas quatro na primeira meia hora e isso foi pondo a equipa ansiosa", declarou.
Apesar do empate, o técnico quis passar uma mensagem de confiança para o jogo com o FC Porto do próximo sábado. "Vamos ao Dragão vencer, faltando depois uma jornada. Ainda há muito campeonato", recordou, negando maior pressão depois deste resultado. Para Jorge Jesus, "está tudo igual": "Não estamos mais pressionados. Sabemos que, para vencer, temos de chegar ao fim em primeiro lugar. Continuamos em primeiro. Está tudo em aberto."
Por isso, Jesus continua a acreditar no título nacional. "Faltam dois jogos. Isto vai ser campeonato até ao fim. Esperei sempre que, mesmo em caso de vitória frente ao Estoril, a situação do Benfica iria sempre ser indefinida até ao último jogo. E agora vai ser igual. Passarmos de quatro para dois pontos de avanço dá-nos a mesma tranquilidade, porque continuamos dependentes só de nós. Estamos confiantes para o jogo do Dragão", acrescentou, admitindo, contudo, que a equipa teria ficado "mais contente se tivesse ganho frente ao Estoril". "É verdade que seria melhor chegar ao Estádio do Dragão com quatro pontos de vantagem sobre o FC Porto, mas dependendo do que acontecesse no Dragão, o último jogo, com o Moreirense, poderia ser importante", defendeu.
A expulsão de Carlos Martins foi, segundo Jorge Jesus, "um dos grandes problemas do jogo do Benfica". "Tivemos dificuldades nos últimos 15 minutos, porque perdemos um jogador. Ainda tinha uma substituição pensada e já não a pude fazer. Já tínhamos muitos jogadores no sector ofensivo e, com a saída de Carlos Martins, tivemos de ficar na mesma", justificando, considerando que o português poderia ter evitado o primeiro cartão amarelo. "A inteligência emocional é importante", considerou. Sobre Enzo Pérez, disse não saber ainda a gravidade da sua lesão.
