Jesus põe sérvio no lugar - Médio está insatisfeito por jogar pouco, mas o técnico lembra-lhe que há muitos jogadores de qualidade no grupo. E, também, quis desfazer "equívoco em torno de Cortez"
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A insatisfação de Djuricic não passou ao lado de Jorge Jesus, que ontem comentou as suas recentes declarações e aproveitou para lembrar ao médio sérvio, como já disse em outras ocasiões, que no Benfica não há titulares. Certo é que, depois de ter sido apontado como o novo 10 do Benfica, e até foi esse o número da camisola que lhe foi atribuído, embora o técnico o considere um 9,5, o ex-Heerenveen tem perdido espaço no onze e de titular, com o Marítimo, passou a suplente utilizado, com o Gil Vicente e suplente, no dérbi de Alvalade.
Depois de mais uma jornada dupla de seleções e com os internacionais de regresso aos treinos, já avaliou se estão prontos para o Paços de Ferreira?
A maior parte dos jogadores chegou ontem [quarta-feira], outros chegam hoje [ontem], tem sido um percurso de alguns dias igual para os treinadores que têm jogadores selecionáveis para as seleções e isso faz parte da qualidade não só individual, mas também dos clubes que representam. Markovic, Sulejmani, Fejsa, Maxi, Djuricic e Oblak vou encontrá-los hoje [ontem] no treino pela primeira vez.
Djuricic, um desses jogadores, disse que esperava estar a jogar mais no Benfica. Como comenta esta declaração?
Todos os jogadores que vêm para o Benfica têm a ilusão de jogar, mas o Benfica é um clube que tem sempre um plantel com muita qualidade, é um clube que é o sétimo do ranking da Europa, o que quer dizer que os jogadores que estão cá têm de ter muito valor. Não é fácil qualquer jogador chegar e de um momento para o outro se impor, mas isso não quer dizer nada sobre o valor do Djuricic. Agora, em termos de ele questionar o jogar mais tempo, em três jogos foi titular em dois [foi apenas com o Marítimo e entrou com o Gil Vicente]. É normal, uns gostavam de jogar mais tempo e outros de jogar sempre. Há uma grande diferença, é que os jogadores são contratados para fazer parte do plantel e depois são escolhidos para fazer parte da equipa. E o Djuricic e todos os outros fazem parte de um plantel.
Entretanto, para a receção ao Paços de Ferreira, conta com alguns contratempos devido a lesões, com Cortez a ser o último a entrar na lista dos lesionados. Isso preocupa-o?
Tivemos alguns contratempos com alguns jogadores logo no início da época, como o Sílvio que foi operado, o Salvio, o Nico [Gaitán] e agora esta semana o Cortez. O Benfica este ano está melhor em termos de quantidade e isso dá alguma garantia e estabilidade para estar tranquilo. Mas o ideal era estarem todos bons, pois é para isso que trabalhamos.
A entrada de Siqueira na lista da Liga dos Campeões e não do Cortez significa que este não correspondeu às expectativas?
Existe aqui um equívoco muito grande. O grande objetivo da equipa do Benfica, aliás o primeiro objetivo, é o campeonato nacional. Que eu saiba, não tirei o Cortez da lista do Benfica para as competições nacionais. Quando se deixa um jogador fora da lista da Champions, parece que se está a tirar um jogador da equipa, mas a Champions não é o objetivo número um do Benfica. Se estivesse bom, iria jogar no sábado contra o Paços de Ferreira e não o Siqueira. Só se podem inscrever 17 estrangeiros e por isso temos de optar. Com as lesões do Salvio e do Nico [Gaitán], perdi dois jogadores dos corredores por tempo indeterminado, pelo que procurei inscrever mais um avançado, tirando um defesa, neste caso o Cortez. Porque tenho o Sílvio quase recuperado, e ele é lateral-esquerdo, tenho o Siqueira e tenho sempre para uma emergência o André Almeida.