Brasileiro impôs-se numa corrida renhida com Tiago Gomes, sendo agora a opção prioritária de Sérgio Conceição para o lado esquerdo
Corpo do artigo
É um dos despiques mais animados no plantel do Braga esta época. A concorrência pelo lado esquerdo da defesa tem sido marcada por ciclos de domínio repartidos entre Tiago Gomes e Djavan, sobretudo devido aos problemas físicos que tanto um como outro já viveram, mas não só. Nesta altura é o brasileiro quem está na linha da frente, fruto de um mês de abril pujante, durante o qual se conseguiu impor na posição. A capacidade ofensiva e a velocidade são características que têm jogado (e muito) a favor do esquerdino de 27 anos, que Sérgio Conceição já admirava desde a época passada, quando o treinou na Académica.
Depois de Tiago Gomes ter sido expulso no Estádio da Luz, na 25.ª jornada da I Liga, em que o Braga perdeu por 2-0, Sérgio Conceição apostou em Djavan e não mais recuou nesta opção. O ex-Académica fez quatro jogos seguidos a titular e desequilibrou muito em termos atacantes, com destaque para o penálti que ganhou em Barcelos e para a assistência para Rúben Micael diante do Penafiel, lances que serviram para inaugurar o marcador nos respetivos jogos.
Ante o Rio Ave, na Taça de Portugal, foi um dos elementos também em plano de evidência. Em Guimarães, Djavan viu o quinto amarelo no campeonato e por isso cumpriu castigo com o Belenenses, tendo então jogado Tiago Gomes. Com a folha disciplinar limpa e mercê da resposta dada nos últimos jogos, o brasileiro tem garantido o regresso ao onze depois de amanhã, na segunda mão das meias-finais da Taça de Portugal, frente ao Rio Ave.
Djavan e Tiago Gomes têm andado quase sempre lado a lado em número de jogos. Nesta altura, porém, o brasileiro vai à frente, somando 20 presenças contra 18 do colega (todas na condição de titulares). Djavan passou muito tempo da primeira volta lesionado e essa ausência foi bem aproveitada por Tiago Gomes, que até mereceu uma chamada à Seleção Nacional. O brasileiro recuperou o lugar, embora com um hiato: da substituição na primeira parte com o Nacional da Madeira até ao tal jogo com o Benfica. Em termos coletivos, a estatística também é favorável a Djavan. Com ele, em 20 jogos os minhotos venceram 13, marcaram 38 golos e sofreram 11; sem ele, em 19 partidas ganharam dez, faturaram 31 golos e sofreram 15.