E vão quatro jogadores sacados ao Sporting no último meio ano. Investida-relâmpago dos dragões e os dois ex-maritimistas já se apresentam esta manhã no Olival. Ambos assinam por quatro anos e meio
Corpo do artigo
Marega para o imediato, José Sá para o futuro. O FC Porto acelerou e na madrugada de domingo para segunda conseguiu contratar os dois jogadores, que estavam prestes a transferir-se para o Sporting. Com estes dois desvios, aumenta para quatro - em pouco mais de seis meses - o número de jogadores que o Sporting quis mas o FC Porto conseguiu; os outros foram Suk, contratado há duas semanas ao V. Setúbal, e Danilo Pereira, que chegou no verão, também do Marítimo.
Os madeirenses são, nesta equação, o denominador quase comum. A boa relação entre Pinto da Costa e Carlos Pereira, reatada precisamente na altura em que se tratou do negócio Danilo, foi decisiva para inverter a marcha anunciada. O Sporting tentou até à última. Sancho Freitas, assessor do Conselho de Administração da SAD leonina, contactou Carlos Pereira para se reunirem antes do FC Porto-Marítimo e fecharem o acordo previamente estabelecido. O presidente dos insulares pediu para que o encontro fosse adiado para depois do jogo. Nessa altura, porém, Pinto da Costa e Antero Henrique entraram em cena, conversaram com Carlos Pereira e selaram a transferência, que na manhã de ontem foi então confirmada por todas as partes. A reunião durou até às duas horas da madrugada e só terminou depois do "sim" do presidente maritimista. Os leões foram apanhados de surpresa pela manhã e Jesus, como pode ler na peça ao lado, não gostou nada.
Marega e José Sá, que ainda viajaram para a Madeira, para recolher os seus pertences, assinaram por quatro anos e meio e às 20h25 aterraram novamente na Invicta, onde hoje começam a trabalhar. O avançado franco-maliano fica com uma cláusula de rescisão de 40 milhões de euros; Sá fica blindado por 30 milhões e até pode ser cedido a outro clube para jogar e continuar a evoluir. No FC Porto, Casillas e Helton tapam-lhe para já todos os caminhos. E Gudiño satisfaz para terceira opção.
Quanto ao preço do negócio, só o relatório e contas do primeiro trimestre de 2016 o poderá esclarecer com total rigor. O que O JOGO apurou é que, pela totalidade do mesmo, o Marítimo vai receber cinco milhões de euros. Da parte relativa a José Sá, 25% vão diretos para os cofres do Benfica, onde o guarda-redes terminou a formação e que assegurou esse valor quando o libertou, a custo zero, em 2011/12.