Bruno de Carvalho inverte tendência: as receitas superam o investimento em 26,4 milhões de euros, depois de dois anos de grande desequilíbrio... negativo
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Com o encerramento do período de inscrições, a administração da SAD pode fazer o primeiro balanço desta sua estreia no mercado de transferências, com a satisfação de ter encontrado solução para os muitos problemas encontrados na construção do plantel, temperada pela maior receita dos últimos seis anos, no que à transferência de jogadores diz respeito: o volume de negócios gerado pela alienação de ativos atingiu os 28 milhões de euros, o valor mais elevado desde o verão de 2007, altura em que o Sporting transacionou os direitos de Nani (a mais cara transferência da história do clube, por Meuro 25,5 para o Manchester United), Carlos Martins, Ricardo e Custódio, entre outros, por um total de 34,5 milhões de euros.
Mais, depois de duas épocas de acentuado desequilíbrio entre investimento e encaixe extraordinário - com Godinho Lopes, investiram-se, em 2011/12, 28,4 milhões de euros, para apenas três milhões de encaixe, enquanto, há um ano, foram efetuadas compras no valor oito milhões de euros, ficando as vendas pelos 7,2 milhões -, o Sporting apresenta um saldo francamente positivo entre saídas e entradas: 26,4 milhões de euros, balanço apenas comparável ao já referido defeso de 2007, durante o qual o saldo positivo alcançou os 27,6 milhões de euros.
No período em análise, esta é apenas a terceira vez que a SAD apresenta uma contabilidade positiva entre aquisições e alienações: para além de 2007, apenas no arranque de 2010/11 esta contabilidade favoreceu os cofres verdes e brancos, embora com custos acrescidos nos planos desportivo e emocional, já que correspondeu à saída de João Moutinho para o FC Porto. Nessa mesma temporada, porém, a reabertura do mercado, em janeiro, deitou por terra a contenção financeira, com a chegada de Pongolle e João Pereira, que custaram quase 10 milhões de euros.