Alex Sandro e as mudanças. O futuro mostrará diferenças impostas por Paulo Fonseca, mas o presente revela uma equipa imune as saídas de João Moutinho e James Rodríguez. Favoritos ao título? Isso é que o lateral brasileiro não garante.
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Seis semanas de preparação não é muito tempo para avaliar as diferenças entre Vítor Pereira e Paulo Fonseca, antigo e atual treinador dos portistas. "Cada treinador tem um estilo diferente de jogar. Mas nesta fase a comparação não é grande. O FC Porto continua a ser uma equipa impressionante. Isso mantém-se e as diferenças mostram-se em campo com o decorrer do tempo", referiu Alex Sandro, que aprova largamente os reforços para a nova época, mesmo os que ainda jogaram pouco. "Todos os que chegaram são de qualidade excelente e vão ajudar muito a equipa", avisou, sempre de olho no título que, mesmo com a tradição a favor dos portistas, se mantém complicado, garante. "Favoritos? Isso está colocado de parte há muito tempo. Mas fazemos ver que continuamos fortes e atrás de títulos. Isso é o FC Porto", reforçou, já com a mística bem entranhada.
Então e os duelos com o Benfica? "Seja o Benfica ou outro adversário, entramos sempre para vencer os jogos todos. Sabemos que eles têm uma equipa forte, mas jogamos sempre para vencer, independentemente da grandeza do rival", respondeu.
É, portanto, essa a atitude que promete para amanhã, dia da estreia do FC Porto no campeonato. O jogo com o V. Setúbal foi, aliás, o motivo que levou Alex Sandro a falar aos jornalistas ontem, antes do treino da manhã. "Encaramos todos os jogos, especialmente fora de casa, como difíceis. Respeitamos todos os adversários, mas a vontade de vencer mantém-se", acrescentou. "É mais difícil, especialmente por ser fora de casa", explicou, olhando para os sadinos como um rival "agressivo, que se fecha muito." O FC Porto está "a trabalhar sobre isso" para descomplicar e começar a ganhar. "Queremos sempre começar bem. Uma vitória é essencial, mas não só isso, também uma boa exibição", completou, mostrando-se despreocupado com as condições do Estádio do Bonfim, que no ano passado por causa da chuva, não permitiu que o jogo se disputasse à primeira. Agora está calor. "Não é nossa preocupação. Preocupamo-nos com o nosso jogo, apenas", rematou.
A terminar, a seleção e o Mundial de 2014, a que aspira estar presente. "O Mundial seria consequência. Primeiro tenho de trabalhar para estar bem no FC Porto. É isso que me interessa", desconversou, procurando desvalorizar os objetivos pessoais em detrimento dos coletivos.