Plano da SAD para melhorar os capitais próprios, anunciado por Pinto da Costa, também deverá ser explicado. Acordo com a Legends, venda de Otávio e “oitavos” da Champions ajudam na reviravolta.
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Os acionistas da SAD do FC Porto são hoje chamados a analisar e votar o relatório e contas da sociedade, que concluiu o último exercício, relativo à época de 2022/23, com um resultado líquido negativo de 47,627 M€.
A Assembleia Geral está marcada para as 15 horas, no Estádio do Dragão, e terá vários pontos na ordem de trabalhos, entre os quais uma avaliação geral da administração e fiscalização da sociedade; a apreciação e aprovação da política de remuneração dos órgãos da administração pela Comissão de Vencimentos; e a apreciação e deliberação de uma proposta de alteração parcial dos estatutos da sociedade, nomeadamente no Artigo 20.º, relativo à constituição da assembleia e à contagem de votos.
O encontro com os acionistas, que antecede nova reunião magna com os associados, marcada para o próximo dia 29, será uma oportunidade para a administração explicar o plano traçado para apresentação de contas positivas no final do primeiro semestre de 2023/24. A garantia já havia sido dada em outubro por Fernando Gomes, administrador financeiro da SAD portista, e foi repetida anteontem por Pinto da Costa, em entrevista à “SIC”. “Os capitais próprios e as contas negativas que foram apresentadas foram calculadas de forma a que em dezembro as contas sejam positivas e os capitais próprios, se não forem positivos, estejam perto disso”, referiu o presidente, numa alusão aos 176 M€ negativos que a sociedade apresentava a 30 de junho.
Para esta melhoria contribuirá a venda de Otávio (60 M€) ao Al Nassr, realizada já depois da conclusão do exercício, o acordo estratégico com a Legends e também o encaixe com a participação na Liga dos Campeões - o bolo está nos 50,1 M€, mas os azuis e brancos ainda têm mais dois jogos na fase de grupos para o fazer crescer, sendo que chegar aos “oitavos” ainda renderia mais 9,6 M€.
Além disso, os dragões poderiam efetuar uma revalorização dos ativos provenientes da formação ou, como explicou o economista Pedro Brinca à “Antena 1”, transferir “ativos de outras empresas do grupo”. A confirmar.