Iordanov questiona os jogadores.
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Inconsolável, Ivailo Iordanov, o polivalente búlgaro que tinha no ataque a sua posição de raiz, mas estendia a qualquer zona do terreno o seu raio de ação - era médio, lateral, central, só não jogou à baliza - e que envergou a camisola verde e branca ao longo de uma década, entre 1991 e 2001, quando se retirou devido a um grave problema de saúde, "chora" o atual momento do Sporting e a pior época da história do clube de Alvalade. De tal forma que, à conversa com O JOGO, deixa um desafio aos jogadores que esta época representaram os leões: "Será que conseguem olhar os sócios nos olhos no fim dos jogos?"
Reportando-se ao tempo em que jogou pelo Sporting, em que pouco ganhou, reconhece - ajudou a conquistar a Taça de Portugal em 1994/95 e a correspondente Supertaça, tendo participado ainda no título que pôs fim ao jejum de 18 anos em Alvalade, em 1999/2000, sob o comando de Augusto Inácio -, o avançado búlgaro, hoje com 45 anos, lembra que "deixava a porta 10A sempre de cabeça erguida", o que duvida que os atuais jogadores consigam. A mágoa pela temporada desastrosa, essa, é inegável e assumida: "O meu amor pelo Sporting é eterno. Tivemos problemas no passado, toda a gente sabe, chegámos a ir a tribunal, mas não esqueço o Sporting, esteja onde estiver, é como o meu primeiro amor. As pessoas passam e o clube fica." Iordanov, o capitão ferido.
