Paulo Fonseca voltou a reconhecer "alguns problemas" na equipa durante os últimos jogos, mas fez questão de alertar o plantel para a necessidade de os resolver o mais rapidamente possível
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Paulo Fonseca voltou a não fugir às perguntas, mesmo aquelas que apontavam para os erros defensivos de alguns jogadores nos últimos dois jogos ou para a incapacidade da equipa em criar mais desequilíbrios nos corredores. O treinador falou ainda da ausência de Kelvin e do afastamento de Fucile, sem deixar de fazer a antevisão ao encontro decisivo de amanhã frente ao V. Guimarães. A mensagem foi forte: Paulo Fonseca não foge dos problemas, mas exige que os erros não se repitam.
O FC Porto sofreu golos, nos últimos dois jogos, que não são normais. Fez trabalho específico ou conversou com os jogadores sobre estes problemas?
Não fugimos dos problemas e obviamente que temos de falar e trabalhar sobre eles. E isso aconteceu depois do jogo com o Belenenses e voltou a acontecer após o Zenit. Refletimos sobre o que não fizemos bem e temos de melhorar e trabalhar nesse sentido. Há, obviamente, um problema, um problema de decisão, que queremos resolver.
Nos primeiros seis jogos da época, o FC Porto só sofreu um golo. Agora, nos últimos sete, só não consentiu nenhum na partida com o Trofense. Consegue encontrar uma explicação para estes problemas defensivos da equipa?
Temos de analisar vários fatores; as equipas que defrontámos nestes últimos jogos e as circunstâncias em que sofremos os golos. Já fizemos essa análise, parece-me que não é problema de organização defensiva e, como disse há pouco, já falámos sobre eles. É preciso percebermos todos que os erros têm custado caro e que, obviamente, não podem ser recorrentes na nossa equipa. Com os objetivos que o FC Porto tem, temos de perceber que não podemos falhar.
Um dos problemas que têm sido apontados à equipa é a falta de capacidade para criar desequilíbrios nas alas. Nesse contexto, como é que se explica a ausência de um jogador como o Kelvin que, na última época, resolveu jogos decisivos com o Braga e o Benfica, por exemplo?
Tenho passado o tempo a explicar a ausência de todos os jogadores. Primeiro foi a do Herrera, depois a do Defour, agora é a do Kelvin... São tantos que acho que não se justifica, porque a pergunta vai sempre parar aos jogadores que não jogam. Agora, em relação ao Kelvin, a situação é muito simples: eu acredito no Kelvin, é um jogador jovem que, obviamente, tem de evoluir em certos aspectos do jogo. Mas continuamos a acreditar no Kelvin e quando acharmos que é momento ideal para o chamarmos vamos fazê-lo sem nenhum problema.
Mas aceita e compreende a crítica de que o FC Porto tem sentido dificuldades para desequilibrar nas alas?
Aceito todas as críticas... Mas, segundo a crítica, esse é só um dos problemas do FC Porto. Aliás, segundo a crítica, o FC Porto tem problemas em todo o lado, em todos os sectores e jogadores. Não alinho nessa crítica fácil, faço a minha análise... Não é difícil perceber que existem problemas, mas que estamos a tentar trabalhar de forma honesta e séria para os resolver.