Bruno de Carvalho responde ao FC Porto: acusação em forma de participações disciplinares à Comissão de Instrução e Inquéritos da Liga não preocupa o presidente leonino
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Bruno de Carvalho reagiu ontem, em declarações à Rádio Renascença, à acusação de coação e condicionamento de agentes desportivos feita pelos dirigentes do FC Porto, que será materializada em participações disciplinares contra o Sporting e o seu presidente na Comissão de Instrução e Inquéritos da Liga, lembrando que sabe "perfeitamente o que é coação" e que tal acusação é "sinal de senilidade e desespero". "É efetivamente desespero e senilidade pura. Não estou preocupado, nem eu, nem qualquer pessoa normal", atirou, lembrando: "Não recebo árbitros em véspera de jogos em casa."
E sublinhou: "Pugnamos pela diferença e para que as coisas realmente mudem no futebol português. Depois há os 'faits divers' e as imbecilidades do costume que vão reinando no futebol português. Temos muito orgulho no trabalho que estamos a fazer e muita consciência. Também temos muito bom arquivo, onde, entre comunicados, intervenções, e factos que se sabem, como por exemplo receber árbitros na véspera dos jogos em casa... Portanto, também temos muita matéria para sabermos claramente o que é realmente coação ou o que é apenas senilidade e desespero."
Bruno de Carvalho reforçou a sua posição com um comentário ao comunicado do FC Porto, durante o dia de ontem, intitulado "Manual de boas maneiras para os viscondes" [ver página 5], onde os dirigentes leoninos são criticados pela forma como receberam os homólogos do campeão nacional, terminando o mesmo com a seguinte referência a Albert Einstein: "Como dizia Einstein, duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana, mas em relação ao universo continuamos sem ter a certeza absoluta." Ora, o líder leonino disparou na direção dos dirigentes dos azuis e brancos pegando numa frase de Manuel Machado, treinador do Nacional: "Um vintém é um vintém e um labrego é um labrego [o técnico afirmou 'um cretino é um cretino']". "Einstein era um homem extremamente inteligente. Tenho pena que não tivesse conhecido Pinto da Costa e a comitiva que o acompanhava, porque em vez de falar de universo e estupidez, diria algo similar a uma frase célebre de um treinador português, o que é nacional é bom, ou seja: 'um vintém é um vintém e um labrego é um labrego'", concluiu.