Peruano não entra no vasto lote de jogadores transferíveis
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André Carrillo mudou-se do Alianza Lima para o Sporting em 2011/12 e deu esse passo com o intuito de crescer; fê-lo a jogar e a brilhar, mas esta época, quando já ganhara a condição de potencial crónico titular, eclipsou-se e, nos últimos tempos, várias notícias surgiram dando conta da possibilidade de sair a breve prazo. Porém, ao que O JOGO apurou, Carrillo está seguro em Alvalade: os responsáveis do futebol leonino mantêm a confiança nas potencialidades do extremo que pode romper pelos dois flancos e já incluíram o nome do peruano nos planos para a próxima temporada. Quer isto dizer que, pese a perda de protagonismo, La Culebra sobreviverá aos cortes de que o plantel será alvo no próximo defeso, por forma a dar resposta às necessidades financeiras do clube.
Ao chegar a Alvalade, com 18 anos, ao abrigo da bolsa de valores que incluía jogadores com grande margem de progressão sem pressão de afirmação imediata, à qual se juntaria, por exemplo, Santiago Arias ou Atila Turan, Carrillo afiançava: "O Sporting não é um trampolim." No arranque da competição, uma conjugação de fatores, como os problemas físicos de Jeffren, Pereirinha e Izmailov, catapultou-o para a titularidade da equipa comandada por Domingos, primeiro, e Sá Pinto, depois. A explosão, a velocidade, a técnica e os desequilíbrios conseguidos à custa de todos esses atributos fizeram-no figura emergente da equipa. Na sua primeira época de leão ao peito, que estaria reservada para um período de adaptação a uma nova realidade social e desportiva, Carrillo atuou em 46 dos 56 jogos realizados pelos leões e as suas atuações, nomeadamente na Liga Europa, em que o Sporting atingiu as meias-finais, despertaram o interesse de vários clubes europeus no jovem extremo peruano. A cobiça do Atlético de Madrid, por exemplo, foi já noticiada, mas ao que foi possível apurar, apesar de estar bem referenciado pelos colchoneros, nem Carrillo nem Sporting foram abordados pelo emblema madrileno.
Entretanto, em nova e conturbada época em que era encarado como figura de proa dos leões, que foram sucessivamente comandados por Sá Pinto, Oceano, Vercauteren e Jesualdo, e em que discutia um lugar no onze com Jeffren ou Labyad, acabando por perder todos o posto para Bruma - La Culebra fez pouco mais que metade dos jogos na época de estreia, (28) -, Carrillo perdeu fulgor na equipa, mas não na confiança dos (novos) responsáveis da SAD, que contam com o internacional peruano, cujo largo potencial - desportivo e de valorização no mercado - e magro vencimento o deixam a salvo da "revolução" a levar a cabo no plantel para 2013/14.
