Líder do Marítimo tece duras críticas quanto à hipótese de o clube da Luz levar para a final algumas reservas
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O Benfica está contra a realização da final da Taça da Liga a 26 de maio, data preferida pelo Marítimo, e admite jogar essa partida, caso elimine o Braga, na meia-final, com vários elementos habitualmente suplentes. Perante este cenário, Carlos Pereira, líder do Marítimo, equipa já apurada para a final da competição, é completamente arrasador para com as águias, preocupadas com a possível falta de opções nessa data, face aos compromissos das seleções nacionais. "Acho que o Benfica não fez bem o trabalho de casa", disparou ontem o presidente do clube insular, em declarações à Comunicação Social. "Há uma referência escrita que os atletas podem ser dispensados após a última prova nacional, que seria a Taça da Liga", explicou. "Primeiro que tudo, convém o Benfica vencer o Braga na meia-final...", atirou ainda.
Carlos Pereira considera que a ameaça do Benfica "não é para levar a sério", mas não deixou de ser irónico face a esse facto: "Se [o Benfica] quiser fazer essa gentil oferta ao Marítimo, nós agradecemos e jogamos contra a equipa B, não há problema nenhum. Na situação atual, seria um dois em um: a descida e a perda da final."
"Não esperava tanta amizade do meu amigo Luís Filipe Vieira. Agradeço, mas penso que os sócios do Benfica não vão agradecer ao presidente por aquilo que ele vai fazer. A não ser que não goste do Hélder Cristóvão [treinador dos bês]", atirou, deixando no ar a possível saída de Hélder Cristóvão: "Pode proporcionar-lhe assim uma despedida com uma descida, que não ficaria bem a uma figura que tanto deu ao Benfica."
Adiantando que Pedro Proença lhe revelou ter chegado a acordo com a FPF para a realização da final a 26 de maio, o líder dos verde-rubros defendeu que a Liga tem de ter "uma posição firme" em relação ao "interesse do futebol português", admitindo que a situação poderia ser diferente: "Todos queríamos que o Benfica fosse à final da Liga dos Campeões, e seríamos compreensivos."