Carlos Eduardo "inventa" golos em tempo recorde

Um mês e meio depois dos tais 45 minutos contra o Braga que lhe abriram as portas do onze, Carlos Eduardo já é indiscutível para Paulo Fonseca. O brasileiro até já nem teve de "pagar" a expulsão em Alvalade, para a Taça da Liga, confirmada que está a sua importância e influência no rendimento coletivo da equipa. Carlos Eduardo mudou o FC Porto. E substituiu Lucho, o que nem Josué nem Quintero conseguiram. O argentino não saiu da equipa, mas voltou para uma posição mais próxima da primeira fase de construção, como o próprio mais gosta. E o meio-campo do FC Porto mudou. Até de disposição tática, uma vez que agora se aproxima mais da de épocas anteriores do que do duplo pivot que Paulo Fonseca introduziu quando assumiu a equipa. Herrera, Defour ou Josué são também vítimas deste grande Carlos Eduardo, que além das boas exibições acrescenta golos e passes para o mesmo efeito. O tento (vistoso) ao V. Setúbal foi o segundo nesta Liga. E, em todas as competições, já conta quatro passes para golo, tantos como Lucho, que o antecedeu na posição dez, e a apenas um a menos do que Varela e Danilo, que estão no patamar imediatamente inferior a Josué, com seis. Uma ressalva, no entanto, e bem importante: Carlos Eduardo só tem 653 minutos (438 no campeonato) acumulados, o que lhe permite gabar-se de de ter uma ação decisiva a cada 109 minutos. Melhor nem Jackson!

Para se ter uma ideia, Lucho leva 1960 minutos, com quatro golos e quatro assistências, à média de uma ação a cada 245, mais do dobro de Carlos Eduardo, portanto. A categoria do brasileiro e a qualidade que acresce ao futebol portista tem também outros números no sustento: desde que entrou contra o Braga que leva média de 6,6 pontos O JOGO, mais do qualquer outro do plantel, incluindo Jackson Martínez, que não pára de marcar e consegue média de 6,2 pontos. De resto, tudo abaixo. Lucho, por exemplo, tem 5,6 nas jornadas anteriores como... dez.