Ascendem a duas dezenas as alterações que se perspetivam para a próxima época, entre saídas e entradas em equação. Reduzir folha salarial e acautelar encaixes são as prioridades
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O plantel principal do Sporting deverá sofrer profundas alterações na próxima época, estando a administração da SAD, liderada por Bruno de Carvalho, a equacionar vários cenários, em função do extenso lote de jogadores que podem ser rotulados como transferíveis. Os motivos são distintos e, ao que tudo indica, mais de 20 movimentos ou transferências vão ser concretizados, sejam eles saídas ou entradas, sendo que tanto as primeiras obedecem a determinados parâmetros financeiros - por exemplo, a sociedade só admite, ao dia de hoje, vender Slimani por valores na ordem dos dez milhões de euros, mas as condições do mercado podem levar a um negócio como o de Maurício, que saiu por empréstimo com opção de compra obrigatória da Lázio por 2,6 milhões de euros, quando o encaixe pretendido era entre quatro e cinco milhões de euros - como as segundas têm de ser enquadradas nas limitações financeiras do clube, que não deixam o orçamento para o futebol ultrapassar os 25 milhões de euros e colocam os valores brutos para ordenados no limite próximo dos 700 mil euros anuais.
Assim, entre os que possuem ordenados mais altos, Rui Patrício, Adrien e Capel, os atletas mais bem pagos do plantel, representam, juntos, cerca de seis milhões de euros do orçamento e estão no mercado. O guardião aufere cerca de 1,2 milhões de euros livres de impostos por ano, o médio fica-se pelo milhão de euros e o extremo ronda os 900 mil euros, todos eles com contratos celebrados com a anterior Direção, presidida por Godinho Lopes. Os dois primeiros, pelo valor desportivo, são considerados ativos decisivos na equipa, mas uma proposta significativa, na casa dos dez milhões de euros, pelos direitos económicos de ambos pode ser suficiente para efetuar o negócio e gerar folga no orçamento para nivelar os valores salariais do plantel. Capel tem contra si o rendimento desportivo negativo; por 1,5 milhões de euros, a SAD transfere o extremo espanhol. Marcelo Boeck também é para sair, pois não deve renovar e o seu contrato termina em 2016.
Cédric e Carrillo também não chegam a acordo para prolongar o vínculo que expira em 2016 e devem ser negociados no defeso, pois em janeiro próximo podem assinar sem encargos com outro emblema. Jefferson quer sair e o conflito com o presidente deixou marcas irreparáveis. Montero, pelo rendimento, e Slimani, devido à promessa de saída e às dificuldades em acompanhar as ofertas exteriores - o seu contrato termina em 2017 -, também estão no lote de transferíveis. William Carvalho pode permitir um encaixe avultado e Nani termina o período de empréstimo. Claro que as saídas serão colmatadas com outras contratações (ver peças à parte).