Kelvin. O herói do título despede-se de 2012/13 com a certeza de que o FC Porto foi mais forte do que o rival, especialmente na atitude. Considera Lucho o dínamo do grupo e admite que a festa do Dragão ainda o faz arrepiar.
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Tantas vezes aclamado herói neste final de época, Kelvin ainda está a digerir a sensação de se ter tornado figura do FC Porto. "Está a ser tudo muito bom. Para mim é um momento histórico", exclamou, semanas depois de ter marcado o golo da vitória ao Benfica, mas ainda "arrepiado" quando recorda o remate espontâneo que bateu Artur. "Imaginem isto tudo a acontecer. Agora imaginem a mim, em início de carreira... nem sei como explicar. Só sei que quero manter essa alegria", continuou, sempre a sorrir, ou não fosse este "um sonho cumprido", daqueles que tantas vezes lhe passaram pela cabeça nos intermináveis minutos que passou no banco. "Esperei a época toda por este momento. Trabalhei para isso sonhando que podia acontecer uma coisa destas. Queria jogar, ser opção, e marcar golos decisivos. Quando estava no banco contra o Benfica, olhava e sonhava que seria eu a resolver mesmo no fim... Foi lindo. Nem dá para descrever", prosseguiu, como se nesta fase não houvesse qualquer outro assunto. "Mais lindo do que este? Nem pensar", brincou. "A festa no Dragão foi enorme. Todos foram ovacionados, mas eu cheguei a arrepiar-me. Nunca tinha visto tanta gente na minha vida. Foi maravilhoso", insistiu, para de uma vez rematar com o assunto.
Voltando ao futebol, porque quebrou afinal o Benfica? "Fomos mais fortes do que eles, especialmente a nível psicológico. No tático também, mas a diferença foi mais psicológica. Eles jogaram muito bem em todo o campeonato e começaram o jogo até melhor do que nós. Mas não aguentaram e, no fim, fomos bem mais fortes psicologicamente, pois acreditámos sempre", recordou.
Agora é tempo de pensar na próxima temporada. "Para mim, se ficar, o objetivo é jogar mais, dar sequência ao meu trabalho e ser campeão de novo. E, claro, pensar na Liga dos Campeões. O FC Porto joga sempre para ganhar e vamos disputá-la como qualquer outra prova em que participemos. É para vencer. Quero a Liga dos Campeões e, depois, o Mundial de Clubes", finaliza, elevando a ambição para um nível que nenhum outro companheiro fez ainda. Típico de quem está cheio de confiança.
