O lateral-esquerdo fica "livre" para a águia, se esta semana o treinador Rafa Benítez lhe confirmar que não lhe serve no sistema pensado para o Nápoles
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A mudança de treinador no Nápoles, a abrir o defeso, criou a oportunidade para o Benfica se acercar do lateral-esquerdo Pablo Armero. Correspondendo ao convite do Inter de Milão, Walter Mazzarri largou o emblema do sul de Itália e correu de braços abertos para o banco da equipa que, na última temporada, somou desilusões e fechou o campeonato na nona posição.
Para o lugar de Mazzarri foi contratado Rafael Benítez, isto já depois de o emblema napolitano ter exercido a opção de compra de 50% do passe de Armero, que confirmara créditos ao cabo de meio ano de empréstimo viabilizado pela Udinese.
Com a saída de Mazzarri, caiu também a preferência pelo 3x5x2, sistema em que o internacional colombiano encaixava sobre a esquerda, fazendo todo o corredor como falso lateral e explanando a sua propensão ofensiva. Benítez, no entanto, dá primazia a uma linha defensiva com quatro unidades, em que os laterais se distingam na marcação, isto é, sejam mais fortes a defender do que a atacar. Por esta razão, o espanhol está inclinado a riscar Armero, de 26 anos, dos planos para 2013/14.
Em cima do lance, o Benfica quer aproveitar a abertura; e o lateral, que conta ver o seu futuro encaminhado já esta semana, admite a O JOGO a hipótese de se mudar para Portugal: "Gosto de estar onde me querem."
Pablo, o seu empresário, Claudio Vagheggi, revelou a O JOGO a existência de contactos com o Benfica. Já tem ideia se o Nápoles vai facilitar uma eventual transferência, uma vez que o treinador Rafa Benítez parece não contar consigo?
Não tenho muito para dizer sobre o tema. Esta semana viajo para Nápoles. Vou apresentar-me para a nova época. Só quando chegar lá é que vamos decidir se fico ou se saio. Ainda nada está definido. E também não sei o que o treinador pensa. Tem de me dizer se conta comigo ou não, se é para ficar ou sair.
Mas o seu representante foi bem claro nas declarações que fez: referiu que o Benfica era uma hipótese que lhe agradava. É assim mesmo? Está interessado em jogar por este clube?
Ah, sim, sim. O Benfica é uma grande equipa. Se a oportunidade surgir, será importante para mim. Mas, como digo, por agora sou jogador do Nápoles. Se o meu clube tiver algo para me dizer, fá-lo-á quando eu chegar a Itália. Tenho contrato, não me posso esquecer disso. Fui contratado no fim da época - o Nápoles comprou 50 por cento dos meus direitos desportivos à Udinese. Mas agora não sei se vai contar comigo. Tenho de esperar. Trabalho sempre para estar bem e jogar onde me queiram. Estou tranquilo. Se o Nápoles me quiser e contar comigo para a nova temporada, eu fico. Se não, vou atrás de soluções. O Benfica é um clube importante e, se estiver interessado em mim, então tudo bem. Para mim é importante saber que clubes grandes da Europa me têm em conta como jogador e pessoa. Mas por agora não posso ser definitivo em relação a nada.
Está identificado com o futebol português? Os colombianos têm-se dado bem por cá...
Sim, Portugal é um país importante no futebol, tem clubes muito interessantes e qualquer jogador quer jogar lá. O que melhor conheço é o estádio do Braga. Joguei lá na época passada, ainda ao serviço da Udinese, na primeira mão do play-off da Champions. Gostei.
E do Benfica, o que é que conhece?
O conhecimento que tenho é superficial. Sei que é uma grande equipa, que costuma disputar as competições da UEFA.
Para quem não está identificado com as suas características, como se retrata enquanto jogador?
Sou um lateral/ala que gosta de atacar e defender. Sou persistente naquilo que faço em campo. Gosto de ser importante no futebol e, jogue em que campeonato jogar na próxima época, quero continuar neste caminho. Sou um profissional e dou o máximo onde me quiserem. Se for para o Benfica será igual: jogarei sempre a fundo. Um jogador de elite quer estar melhor, a crescer, a evoluir. Se aparecer uma equipa que me queira e o Nápoles prescindir de mim, então eu vou sem problema.