O Paços de Ferreira instalou-se no sexto lugar, após ultrapassar o Rio Ave, ao conquistar três pontos fáceis no Restelo, perante um anfitrião amorfo de ideias e sem motivação para mais
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A previsão bateu certo: venceu a única equipa moralizada em campo - ao lutar por uma posição europeia arrebatada à custa de um anfitrião desmotivado e do empate forasteiro do Rio Ave. A duas rondas do final do cortejo, o Paços de Ferreira alcançou a meta dos 48 pontos, instalou-se no 6.º posto, dependendo, agora, apenas de si para reescrever nova página dourada.
O minuto três corroborou as intenções dos pacenses: assaz descida do estreante, e júnior, Francisco Afonso que serviu Bruno Moreira que atirou ao lado - o melhor marcador da equipa desperdiçou, ainda, várias oportunidades. A resposta do Belenenses, que apenas tinha cinco suplentes no banco, em virtude das várias lesões e de três castigados, fora imediata e fortuita: canto de Tiago Silva para Gonçalo Brandão cabecear ao poste (6"). Seguiu-se um quarto de hora de maior domínio territorial do Belenenses, que culminou no golo do... Paços de Ferreira. Minhoca (aos 21") descobriu Barnes Osei na área que atirou a contar perante o desamparado Ricardo Ribeiro. Até ao descanso, destaque, ainda, para nova perdida de Juanto (28") e para um corte providencial de Gonçalo Brandão a Bruno Moreira (33"), pronto a disparar.
Ciente do amolecimento da sua equipa, Julio Velázquez apostou na fibra de Carlos Martins para o miolo, mas o segundo golo pacense, logo aos 52", por Pelé, após excelente jogada coletiva - a bola passou por Francisco Afonso, Barnes Osei e Minhoca -, levou o treinador a apostar num arriscado 3x4x3 que destapou a defesa, permitindo aos castores saírem sempre com perigo. Em quatro minutos, entre os 75" e os 78", Rodrigo António, por duas vezes, e Cícero estiveram muito perto de ampliar, ocasiões respondidas com os falhanços de Miguel Rosa e Tiago Caeiro, acabado de entrar. O Paços de Ferreira foi rei a gerir.