O Arouca começou cedo (14") a construir o triunfo folgado, aproveitando os erros do Nacional que, antes do intervalo, já perdia por 2-0 e ficara sem Hichem, expulso
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Foi de forma relativamente simples que o Arouca ganhou categoricamente ao Nacional, já que, aos 14", o central Hichem direcionou mal um passe na defesa que Nuno Coelho aproveitou para intercetar, correndo uns metros com a bola, antes de a servir de bandeja a Walter González, que só a teve de empurrar para a baliza deserta. A ansiedade que poderia resultar do momento que os anfitriões atravessam - estão a dois pontos de fazer história e carimbar um lugar na Liga Europa - esfumou-se com o golo e, a partir daí, a tranquilidade pautou o comportamento da equipa de Lito Vidigal. Mateus, de penálti (38"), tratou de serenar o ânimo dos adeptos, que disseram sim à campanha dos preços baixos e coloriram o estádio de amarelo, incentivando fortemente os jogadores arouquenses.
Manuel Machado, que aos 16" perdeu o médio Aly Gazhal, por lesão, viria mais tarde a perder Hichem, mas por culpa do central argelino, que no mesmo minuto viu dois cartões amarelos por desentender-se com Walter González (40"). A segunda parte adivinhava-se penosa para o Nacional, que com menos um jogador e a perder por 2-0 tinha poucas hipóteses de dar a volta ao jogo. O Arouca não acelerou muito, mas mesmo assim chegou ao terceiro golo, novamente pelo avançado paraguaio Walter González, que finalizou um canto de Lucas Lima. Nos últimos 20 minutos, os madeirenses soltaram-se um pouco, com Salvador Agra e Soares a rematarem para boas defesas de Bracali. Sem dar grande trabalho à defensiva contrária, a equipa de Manuel Machado tentava ter mais bola, embora não criando oportunidades flagrantes - algo que se verificou ao longo dos 90" -, e até ao final foi o Arouca que esteve mais perto de aumentar, com Ivo Rodrigues (83") e Maurides (90"+1"), a atirarem aos ferros da baliza de Rui Silva. Contudo, o resultado não se alterou e em caso de vitória no terreno do Estoril, Lito Vidigal fará história.